Portuense, amarantino e transmontano, para além da engenharia civil, procura nos materiais improváveis e novas técnicas formas de se expressar.
A admiração por artistas disruptivos no seu tempo, e que têm as terras do Marão e circundantes como denominador comum, foi o mote para esta primeira exposição de Daniel Lamas.
São retratos que, ao invés das tintas, ganham forma, cor e textura com botões, objetos que desde cedo captaram a atenção do artista, uma vez que sempre estiveram presentes em abundância na casa da avó Camila (ainda uma jovem de 99 anos) na sua aldeia, Santa Comba da Vilariça.
“Cada botão isolado, aparenta ter apenas um único propósito funcional.
Mas em conjunto agigantam-se, passam a ter tridimensionalidade, subvertem a sua função inicial, confundindo os sentidos e obrigando o cérebro a criar outros mecanismos de perceção. É desta forma que tento homenagear o que estes escritores e pintores alcançaram”, explica o autor em comunicado, acrescentando que, nesta exposição, evocam-se Camilo Castelo Branco, Miguel Torga, Nadir Afonso, Amadeo Souza-Cardoso, Armanda Passos, entre outros.