Quinta-feira, 18 de Abril de 2024
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Carlos Moreira
Carlos Moreira
Vereador do PSD na Câmara de Vila Real

Falando de preocupações urbanísticas e do Complexo de Codessais

Em setembro de 2017, na véspera das eleições autárquicas desse ano, fomos “presenteados” com um “master plan” para a reversão do Complexo de Codessais.

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Passados dois anos sem qualquer sinal de vida, surge agora a proposta para a elaboração do projeto de execução de novas instalações para aquele local.
Infelizmente, salvo a intervenção para a criação de condições de funcionamento de atividades ligadas ao rio, tudo o resto não pode deixar de nos merecer uma discordância absoluta, acompanhada de um alerta e um veemente apelo para a sua não implementação na forma que se prevê.

Como é publicamente sabido, defendemos uma utilização diferente para aquele local, que passa essencialmente pela remodelação das piscinas ao ar livre, pela execução de uma praia fluvial e pela criação de condições para a prática de atividades aquáticas, aproveitando o potencial que o rio Corgo oferece na zona a intervencionar.

O espaço existente é exíguo para a instalação de todas as valências pretendidas pelo master plan. 

Por outro lado, considero que para além da estação elevatória, deveria ser mantido o edifício do “moinho”, símbolos da presença humana e da importância do rio ao serviço da cidade.

Infelizmente, o edifício das piscinas cobertas propostas, vai ter uma volumetria tal, que torna impossível o seu bom enquadramento no local.

Edificar a volumetria que se prevê, é matar definitivamente a beleza e a harmonia de todo este espaço, e impedir qualquer nova valência ao ar livre.
Mais uma vez a cidade perde uma excelente oportunidade de ter umas piscinas descobertas e áreas envolventes com a dimensão e a qualidade que uma capital de distrito já merece e os vila-realenses há muito exigem.

Verifica-se, que o local é acanhado para receber todas as edificações propostas, não fazendo qualquer sentido, onerá-lo com a construção de um edifício para parque de estacionamento coberto e de apenas 100 lugares, manifestamente caro e insuficiente para as necessidades.

Gastar € 3 000 000.00 (três milhões de euros), para construir um parque de estacionamento coberto, no mesmo sítio do parque existente, e praticamente com o mesmo número de lugares, não deveria passar pela cabeça de quem tem o dever de gerir com parcimónia os dinheiros públicos.

As novas piscinas cobertas, há muito necessárias e exigidas pelos vila-realenses deveriam ser construídas em espaço dotado de boas acessibilidades, estacionamento adequado, em zona menos congestionada, e que pudesse até ser uma âncora de crescimento/expansão da cidade para essa nova “centralidade”.

A nova infraestrutura vai agravar ainda mais o congestionamento automóvel já existente nesta zona da cidade e tornar caótico o já problemático estacionamento no verão.

Na minha modesta opinião, julgo que a intervenção se deveria cingir à componente de lazer ao ar livre e as piscinas cobertas construídas noutro local, pelos motivos já apontados.

Naquela zona, não deveria ser executada qualquer outra edificação, entre a avenida da Europa e o rio Corgo, mantendo assim a beleza e harmonia naturais, deste espaço único na cidade.

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