Domingo, 19 de Janeiro de 2025
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Fogo obriga ao corte da A24 e N2 em Vila Pouca de Aguiar

O incêndio que consome mato em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, obrigou ao corte total da Autoestrada 24 (A24), entre São Tomé do Castelo e o nó de Vila Pouca de Aguiar, informou fonte da GNR.

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A mesma fonte explica que a Nacional 2 também está cortada.

O alerta para este incêndio foi dado às 07:36 e, segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 21:15 estavam mobilizados para o combate 114 operacionais e 33 viaturas.

O comandante dos Bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Hugo Silva, queixou-se da falta de meios, afirmou que há três incêndios ativos no concelhos, todos com meios insuficientes de combate, e criticou operacionais parados em Vila Real.

O responsável, num ponto de situação feito à agência Lusa pelas 19:30, disse que no concelho se contabilizaram hoje quatro incêndios, estando três ativos, em Bornes de Aguiar, Telões e Quintã de Jales, e um em resolução em Sabroso de Aguiar, onde ardeu um armazém de material de floricultura e estufas.

No terrenos estão entre 2020 e 230 operacionais, um número que o comandante considerou insuficiente.

“Isto quer dizer que temos três incêndios ativos todos eles com meios insuficientes de combate, e os meios que cá estavam de reforço foram desmobilizados por ordem da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). O que é grave”, realçou Hugo Silva.

O comandante esclareceu que há carros de bombeiros parados à ordem do comandando nacional da ANEPC na base de apoio logístico, nos bombeiros da Cruz banca (Vila Real).

“Uma brigada de combate ainda foi mobilizada para aqui, mas depois acharam que já não havia casas em perigo e foram obrigados a regressar para a base de apoio logístico”, criticou.

Também a presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, disse que ia tentar perceber porque foram desmobilizadas as corporações que estavam no terreno.

“Entendemos que o país todo está a passar uma situação grave, entendemos isso e tentamos com o máximo de esforço tentar resolver as nossas situações. O problema é quando temos meios parados aqui ao lado e a Autoridade não os quer mandar para aqui e quando temos meios que vem para aqui de reforço por ordem superior são desmobilizados para uma base de apoio logístico para não fazerem nada”, reforçou o comandante.

Hugo Silva referiu ainda que, entre as 12:00 e as 17:00, não foram mobilizados meios aéreos para o combate aos fogos que foram deflagrando ao longo do dia no concelho.

Ana Rita Dias, disse que a quantidade ignições verificadas no concelho levam à suspeita de mão criminosa na origem dos fogos, referindo que a Policia Judiciária (PJ) já está no terreno a investigar.

Segundo Hugo Silva, o incêndio de Bornes de Aguiar deflagrou pelas 07:36 e, ao final da tarde, mantinha duas frentes ativas.

“A situação junto às casas durante a tarde foi-se conseguindo resolver, com muita dificuldade, por falta de meios”, referiu ainda.

Depois, durante a tarde houve também alertas para incêndios em Sabroso de Aguiar e Telões, sendo que, neste último, “ainda arde com intensidade”.

Já ao final da tarde, deflagrou um outro incêndio em Quintã de Jales, freguesia de Vreia de Jales, que, segundo Hugo Silva, também arde com intensidade.

O comandante apontou como principais dificuldades no combate a estes fogos a “carga de combustível”, já que se está a falar de zonas de pinhal de médio e grande porte, pinhal cerrado, com alguma dificuldade de acessos e os ventos com fortes rajadas.

O Governo vai prolongar a declaração de situação de alerta até ao final do dia de quinta-feira, face às previsões meteorológicas, adiantou hoje o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê até quarta-feira um agravamento significativo do perigo de incêndio rural no continente, devido a condições meteorológicas adversas, como vento forte e temperaturas elevadas.

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