“Entendemos que a ferrovia vai para lá daquilo que é o projeto de alta velocidade e estamos, precisamente, num distrito onde o investimento na ferrovia é também muito importante”, afirmou Rui Rocha, que passou ontem o dia no distrito transmontano.
A cidade de Vila Real perdeu o comboio em 2009, com o encerramento da Linha do Corgo.
Instado a falar sobre a projeto TGV, o presidente da IL disse que o partido sempre teve uma posição claramente favorável à alta velocidade, lembrando que constava do programa eleitoral de 2022 e, seguramente, constará do programa eleitoral de 2024.
Ontem, decorreu em Almada, Setúbal, a cerimónia de lançamento do concurso da primeira concessão da linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa.
“Para além de entendermos que a alta velocidade é decisiva para o desenvolvimento do país, para encurtar o país no sentido das distâncias, mas para aumentar o crescimento e as oportunidades dentro do próprio país, entendemos que a ferrovia vai para lá daquilo que é o projeto de alta velocidade e estamos, precisamente, num distrito onde o investimento na ferrovia é também muito importante”, reforçou.
Por isso, adiantou que, no programa eleitoral, a IL vai apresentar um plano ferroviário nacional, que inclui as questões de alta velocidade e toda uma visão para as diferentes soluções de ferrovia para o país, com a ambição de ligar todos as capitais de distrito de Portugal por ferrovia e por criar estruturas e vias estruturantes para o desenvolvimento das regiões”.
“Seguramente que uma solução que ligue a zona do Porto a Espanha estará no âmbito desta proposta que nós apresentaremos, abrangendo obviamente o distrito de Vila Real”, afirmou.
Durante a discussão pública do Plano Ferroviário de Portugal, foi reivindicado por autarcas dos distritos de Vila Real e Bragança e sociedade civil a inclusão da ligação a Espanha, via Trás-os-Montes: Porto-Vila Real-Bragança-Zamora (Espanha), e daí a ligação à rede de alta velocidade espanhola.
No entanto, segundo disse hoje a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), o Governo de Portugal não apresentou a Bruxelas, a proposta para que esta ligação fosse incluída no mapa das redes transeuropeias, aprovado em dezembro de 2023, pelo Conselho e Parlamento Europeus, por forma a garantir o necessário financiamento comunitário.
Rui Rocha disse ainda que o centro da proposta liberal para o Interior passa pelas questões da mobilidade, descentralização e serviços públicos a funcionar, bem como por uma grande aposta na inovação, no crescimento das empresas e na criação de oportunidade, sobretudo, para os jovens.