Esta semana, vamos falar-vos de dois procedimentos médicos que permitem diagnosticar doenças associadas à mama: a galactografia e a estereotaxia.
No caso da estereotaxia serve para localizar nódulos não palpáveis ou microcalcificações. É uma técnica disponível no hospital da Luz, em Vila Real. De acordo com Maria José Sequeira, da área radiologia, “a estereotaxia digital permite localizar especificamente uma área que se pretende biopsar” sendo que é “através de mamogramas, obtidos de diferentes ângulos, que se consegue definir, com precisão, a área a intervir”.
“A biópsia mamária por estereotaxia assistida por vácuo é indicada quando se detetam lesões de dimensões reduzidas”
Maria José Sequeira
radiologia
“A biópsia mamária por estereotaxia assistida por vácuo é indicada quando se detetam lesões de dimensões reduzidas, que não têm uma tradução na ecografia ou estão localizadas em sítios de difícil acesso”, acrescenta.
Depois de determinada a área à qual será feita a biopsia, “é introduzida uma agulha de aspiração por vácuo que maximiza a quantidade de material colhido, sendo introduzido um marcador de titânio que permite a colocação de um arpão para a excisão cirúrgica e futuro controlo imagiológico”, explica Maria José Sequeira.
Segundo a especialista, “esta técnica permite obter uma quantidade significativa de material para ser analisado e em muitas situações há remoção total da lesão, não sendo necessária qualquer cirurgia”.
GALACTOGRAFIA
Sobre a galactografia, Maria José Sequeira explica que se trata de “um procedimento que ajuda a definir as causas da secreção mamilar unilateral, de um ducto único, sero-hemáticas, hemáticas, purulentas e serosas incolores”.
Para se perceber melhor, este exame “consiste na realização de uma mamografia que exibe secreção e é introduzido, nesse ducto, até um ml de contraste radiopaco”, ou seja, um produto de contraste.
Depois, “obtêm-se novas incidências mamográficas com compressão ampliada da região opacificada pelo meio de contraste nas incidências crânio caudal e médio-lateral, em perfil absoluto”, indica a Maria José Sequeira, acrescentando que “podem ser necessárias incidências adicionais para melhor avaliação de ductos sobrepostos que dificultem e não permitam a deteção de anomalias, de forma a chegar a um diagnóstico mais eficaz”