Sábado, 5 de Outubro de 2024
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Misericórdia de Lamego transfere monumento de homenagem a antigo benemérito

A Santa Casa da Misericórdia de Lamego transladou o busto do Comendador António Osório da Mota para junto da sua antiga residência, na Quinta do Poço, que acolhe o Lar de Infância e Juventude desta instituição.

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O novo local tem um elevado valor simbólico, por ter sido aqui que este grande benemérito e antigo Provedor (1916-1926) passou grande parte da sua vida, tendo doado em testamento esta propriedade à Santa Casa.

Mandado erguer em 1941, em homenagem “ao seu dedicadíssimo Provedor que nunca se cansou de fazer o bem”, o monumento, que perpetua a memória do Comendador António Osório da Mota, foi inicialmente instalado no antigo Hospital Distrital de Lamego, entretanto desativado.

“Como este edifício está, neste momento, desocupado e sujeito a alguns atos de vandalismo, que não conseguimos evitar, quisemos transferir o busto para um novo local, nobre e simbólico, que fizesse, ao mesmo tempo, justiça à memória desta prestigiada personalidade que deu testemunho, ao longo da sua vida, de profundas convicções humanistas e virtudes cívicas”, explica o Provedor António Carreira.

O Comendador António Osório da Mota foi um dos grandes doadores da Santa Casa da Misericórdia de Lamego. Legou à mais antiga e importante instituição de solidariedade social do concelho, entre outros bens, a Quinta do Poço, situada em Medelo, onde funcionam neste momento as valências da creche, o jardim de infância, o ATL, o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), o Lar de Infância e Juventude e o Centro de Acolhimento Temporário (CAT), para além dos serviços de economato e cozinha.

Este benfeitor doou ainda a “Quinta de Lobrigos”, uma propriedade de 30 hectares, situada em Santa Marta de Penaguião, dedicada sobretudo à produção de uvas em plena região demarcada do Douro, mas também com uma parte considerável de olival e árvores de fruto.

No seu testamento deixou ainda, à Santa Casa de Lamego, uma parte do acervo que integra o núcleo museológico do Palacete dos Vilhenas, edifício que acolhe a sua sede, constituído por mobiliário dos séculos XVIII a XX, dos mais diversos estilos e proveniências, pratas, louças e pinturas.

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