Nataniel Araújo, atual presidente da UGT Vila Real, foi reeleito para segundo mandato com 95% dos votos, tendo defendido que os sindicatos devem ter a capacidade de se adaptar a um mercado global e ao recente fenómeno dos nómadas digitais. A eleição decorreu este sábado, durante o IV Congresso realizado no Hotel Mira Corgo.
“Temos muitas dificuldades na lógica do posto de trabalho, mas também temos muitas dificuldades na lógica das empresas. Chama-se a isto o emprego global. A globalização veio trazer esse problema”, disse o presidente da UGT Vila Real, questionando: “Os nómadas digitais? Qual é o sindicato que os representa?”.
Nataniel Araújo considerou que os sindicatos têm de “adaptar a sua missão para perceber o que está a acontecer no mercado de trabalho”.
O mesmo responsável apelou a uma reflexão sobre “forma como os jovens encaram o mercado de trabalho, numa perspetiva de empregos de curta duração e não um emprego para vida”, acrescentando que os sindicatos “terão de ter capacidade de se adaptarem e perceberem o que é que os trabalhadores procuram”.
O presidente reeleito vincou ainda que os sindicatos e a UGT Vila Real terão uma palavra a dizer acerca da inflação e do empobrecimento, associado aos baixos salários médios, do país e do distrito.
Subordinado ao tema “Uma carreira, diferentes profissões”, o IV Congresso da UGT Vila Real arrancou com as intervenções de Helena Pavão, presidente da Mesa do Congresso e Conselho Geral da UGT Vila Real, Nataniel Araújo, presidente da UGT Vila Real, e Lucinda Dâmaso, presidente da UGT. Ao longo da manhã, o Relatório de Atividades do quadriénio 2018 – 2022, bem como o Plano de Ação para o quadriénio 2022-2026 foram aprovados por unanimidade.
Houve ainda almoço-conferência, que teve como orador Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança Social nos XVI e XIX Governos Constitucionais.
O congresso encerrou com a intervenção do presidente Eleito da UGT Vila Real e do secretário-geral da UGT, Mário Mourão.


