“Em 2022 não houve um jovem elegível que ficasse de fora do Porta 65”, afirmou a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, salientando que esta foi a primeira vez que tal sucedeu desde a criação do programa e indicando que no ano passado este apoio chegou a 21.052 jovens.
Marina Gonçalves referiu estes dados no parlamento durante um debate em que o PSD leva a votos cinco diplomas na área da habitação e durante o qual foi recorrente a crítica de falta de medidas do Governo para atacar o problema da habitação ao longo destes sete anos.
A ministra acentuou que o programa “Mais Habitação”, que será aprovado na sua totalidade pelo Conselho de Ministros até ao final do mês, é “um complemento” ao que tem vindo a ser feito. Afirmou ainda que não está previsto acabar com o programa de apoio ao arrendamento jovem Porta 65, mas antes a sua reavaliação em 2026.
A verba destinada ao Porta 65 foi em 2022 de 24,5 milhões de euros, tendo sido reforçada em 30% em 2023 (ano em que o valor ascende a 31,3 milhões de euros).
Durante a sua intervenção, e em resposta a várias das críticas que foi ouvindo ao longo do debate, Marina Gonçalves afirmou que as medidas do Mais Habitação “não são para acabar com o Alojamento Local” ou para desvalorizar o investimento das famílias, sustentando que o que se propõe é uma “compatibilização” para se ver como é que todos podem ser “parte da solução”.