Esteve em contacto com a população, admitiu que “as preocupações do interior são as do mundo rural, nomeadamente o desaproveitamento dos recursos que podíamos estar a utilizar na agricultura, na pecuária, na transformação agroalimentar,
Artigo exclusivo PREMIUM
Tenha acesso ilimitado a todos os conteúdos do site e à edição semanal em formato digital.
Se já é PREMIUM,
Aceda à sua conta em Entrar
À VTM, destacou a necessidade de “haver investimento público no interior do país para que, quem aqui vive, tenha as mesmas condições de acesso à saúde, à educação, à justiça, à segurança social do que aqueles que vivem no litoral”, reconhecendo que “há uma grande discrepância”.
Num dia em que visitou, também, o distrito de Bragança, João Oliveira explicou que “aquilo que vamos constatando é que o interior está votado ao abandono, está esquecido”, confessando que “é algo que tem vindo a acontecer com os sucessivos governos”.
“Estivemos em contacto com representantes dos agricultores e, seja nos baldios seja com a produção vitivinícola, o que constatamos é que as políticas atuais só servem os grandes grupos económicos, em prejuízo dos pequenos agricultores, e as políticas que existem concentram a riqueza nos grandes países da Europa”.
Criticando as regras de aplicação dos fundos comunitários, João Oliveira garante que “precisamos de uma política nacional diferente e de quem, no Parlamento Europeu, dê voz ao povo português. Essa voz é, claramente, a CDU, que tem dado voz às dificuldades que o povo passa” e admite ser “necessário denunciar as regras da União Europeia que nos prejudicam”.
“É preciso afirmar o que é necessário para termos um país desenvolvido e com justiça social, numa Europa que se quer de cooperação, de paz e de progresso e não de guerra e confrontação como tem sido nos últimos tempos”, afirma.
Ainda sobre os fundos comunitários, o candidato da CDU dá alguns exemplos de como podem ser mais bem aproveitados. “Bastava, desde logo, que pudessem ser aproveitados para o investimento na ferrovia e não apenas para as ligações internacionais. Neste momento, há milhões vindos de fundos comunitários a serem usados por Portugal, e bem, na ligação ferroviária entre Sines e Badajoz, para ligar o porto de Sines ao centro da Europa, mas precisamos de fundos que permitam estender a ferrovia ao resto do país, tanto para transportar pessoas como mercadorias”.
Mas dá outros exemplos. “Precisamos de fundos e Orçamento do Estado para investir na saúde, na educação, na modernização de infraestruturas e equipamentos, para investir na investigação científica”, lamentando que do lado da União Europeia a resposta seja “não, vocês gastam os fundos como nós dissermos”.
“Não se pode aceitar que este seja o caminho de desenvolvimento para o nosso país”, vinca, defendendo que “possamos decidir aquilo que queremos para o nosso país, de acordo com as necessidades das populações”.
“Os fundos comunitários estão definidos como uma compensação dada aos países que sofrem impactos negativos com as políticas de integração europeia. Ao longo dos últimos anos, o que o país recebeu de fundos comunitários é muito inferior ao valor que daqui saiu em lucros, juros, dividendos e rendas que foram parar ao estrangeiro e as perspetivas são de cortes estruturais para Portugal. Não podemos aceitar isso. Os deputados da CDU vão continuar a bater-se para que não haja redução do financiamento a que Portugal tem direito”, conclui.
Artigo exclusivo PREMIUM
Tenha acesso ilimitado a todos os conteúdos do site e à edição semanal em formato digital.
Se já é PREMIUM,
Aceda à sua conta em Entrar