A associação luta, diariamente, contra a falta de recursos humanos. Segundo Sónia Paíga, adjunto de comando, “infelizmente, não temos muitos jovens interessados em ingressar na carreira de bombeiro”. A culpa, diz, é da desertificação, motivo pelo qual “fazemos de tudo para manter os poucos que temos”.
Nesse sentido, “temos feito algumas atividades com as escolas para tentar despertar o interesse de alguns alunos”, indica Jorge Rocha.
Ser bombeiro num território como este, diz Sónia Paíga, “não é fácil, é preciso gostar muito disto” e não esconde que há “muito desconhecimento por parte da população no que diz respeito à atuação dos bombeiros e quanto ao protocolo que é necessário seguir”.
Além de haver cada vez menos pessoas, “o facto de demorarmos muito tempo a chegar a uma unidade hospitalar complica a nossa atuação”. Para se ter uma ideia, “nunca demoramos menos de três horas para ir a Lamego, por exemplo. Se formos a Vila Real ainda é mais tempo”. A pensar nisso, “as nossas ambulâncias de transporte de doentes estão o máximo equipadas possível para se for necessário utilizá-las numa emergência”, revela a adjunto de comando.
“Fizemos uma candidatura ao PRR com vista à reformulação total do quartel e à sua ampliação”
Jorge Rocha – Presidente
A nível financeiro, indica o presidente, “estamos bem”, referindo que “preocupamo-nos em ter o equipamento necessário e indispensável para que o corpo operacional atue em qualquer circunstância e de forma segura”, motivo pelo qual “adquirimos, em média, uma viatura por ano, graças, também, a um protocolo que temos com a câmara municipal, que comparticipa a aquisição em 50%”.
Além das viaturas, “fazemos por dar condições mais dignas ao quartel, daí que fizemos uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito da eficiência energética, com vista à reformulação total do quartel e à sua ampliação”.
Com esta candidatura, o objetivo é “melhorar o edifício atual, ter camaratas adequadas, salas para formação. No fundo, trazer o quartel para as necessidades atuais”, explica o presidente.
Como pontos negativos, Jorge Rocha aponta “os preços dos combustíveis e o estado das estradas, que desgastam ainda mais as viaturas. Já se fala de obras na Estrada Nacional 222 há muitos anos e até agora nada”.
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