“A associação queria realizar um torneio de andebol em Vila Real e com receio de ter pouca aceitação, decidiu-se juntar o futebol e o voleibol”.
Foi “uma aposta ganha” e prova disso é que “já vamos na 13ª edição. Podia ser a 15ª, mas a pandemia não permitiu”, refere.
O Tribol de Praia de Vila Real regressou, no fim de semana, ao areal de Codessais, com 16 equipas, mas “houve duas que ficaram de fora”. “Temos tido, nos últimos anos, uma procura superior à oferta o que nos levou a colocar no regulamento que as duas equipas que ficam pior classificadas não podem participar no ano seguinte. É uma forma de termos alguma rotatividade”, explicou Adriano Tavares no último “Contrasenso”, onde admitiu que “o tribol é o meu filho mais velho”.
Além da vertente competitiva, o evento tem tido uma vertente solidária, havendo equipas que “doam o prémio final à causa desse ano”. Aproveitando a deixa, Anabela Oliveira destacou o facto de o povo português “ser solidário”, mas lamentou que “sejam precisas iniciativas destas para ajudar quem quer que seja, neste caso são crianças”. “O futebol envolve milhões, mas depois há modalidades em que não têm dinheiro para ir às provas”, acrescenta.
“o andebol, a nível nacional, está melhor que nunca”
E por falar em modalidades, Adriano Tavares afirma que “o andebol, a nível nacional, está melhor que nunca”. Defensor do desporto escolar, tendo em conta que é, também, professor de educação física, lamenta que “alguns treinadores não deixam os atletas participarem nas provas do desporto escolar, porque dizem que se vão cansar”.
“Eu não quero tirar atletas do futebol ou de outra modalidade para o andebol, quero tirá-los do computador, da playstation e do sofá”, avança.
Aproveitando, também, o facto de ser membro da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real, questionámos Adriano Tavares sobre o fim de semana de corridas que confessa “correram bem, dentro do esperado, tendo em conta que estivemos dois anos parados”.
Sobre este assunto, Paulo Reis Mourão mostrou-se “solidário com as preocupações manifestadas publicamente sobre a falta de condições económicas para que as corridas voltem a realizar-se no próximo ano”, referindo que “temos de pensar não no impacto local, mas regional”.
Já Anabela Oliveira admite que “não sou de Vila Real, não sou fã de corridas, mas quando era miúda ouvia falar delas. Acho que o circuito tem de ser visto como uma identidade e ser rentabilizado. Não podemos pensar só no WTCR, mas promover corridas durante o ano e até num museu, onde os turistas possam ver a história do circuito”.
O próximo episódio do “Contrasenso” é transmitido esta quinta-feira e tem como convidado José Manuel Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Peso da Régua.[/block]