Portugal é o “segundo país da UE com maior dívida externa líquida”

Falemos de dívida, pública e privada, em Portugal e da dependência de credores estrangeiros.

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Portugal é o 2.º país da UE com maior dívida externa líquida (68% do PIB), apenas superado pela Grécia (134%). Significa que era necessária toda a riqueza produzida em Portugal durante mais de 8 meses para pagar o endividamento da nossa economia sobre o exterior.

A dívida externa líquida mede, para um determinado momento do tempo, o endividamento dos residentes num país (públicos e privados) em relação aos residentes no resto do mundo. É o valor das responsabilidades (passivos) atuais e não contingentes que exigem o pagamento do capital em dívida, ou de juros, pelo devedor residente a um credor não residente (incluindo bancos comerciais, outros governos ou instituições financeiras internacionais), deduzido do mesmo tipo de ativos que os residentes detêm sobre não residentes.

A dívida externa líquida é positiva quando os passivos de dívida são superiores aos ativos de dívida e significa que o país tem uma responsabilidade líquida face ao exterior, posição na qual se situa atualmente Portugal.

É negativa quando os passivos de dívida são inferiores aos ativos, indicando que existe um ativo líquido sobre o exterior. Entre os 27 estados-membro da UE, 12 estão nessa posição, sendo de destacar os casos de Malta (-118%), Irlanda (-207%) e Luxemburgo (-1.961%). Entre as maiores economias europeias, destaca-se a Alemanha com -7%.

O caminho para sair do pelotão da frente da dívida externa líquida ainda é longo. Um fardo que tem acompanhado o país e que nos coloca ao lado dos restantes países do sul da Europa. A redução do excessivo endividamento externo é essencial para potenciar um crescimento sustentado da economia.

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