O World Competitiveness Ranking contempla 235 indicadores, que são agrupados em 20 dimensões de análise. Este estudo abrange 64 países, entre os quais 26 dos 27 estados-membros da União Europeia (UE), bem como as principais economias do mundo.
Portugal ocupa um modesto 36.º lugar na classificação geral, e 15.º entre os países da UE. Das 20 dimensões de análise, há 13 em que Portugal está na segunda metade da tabela. Os pontos mais fracos do país são as finanças públicas (54.ª posição), a política fiscal (53.ª posição), as práticas de gestão (51.ª posição) e a economia doméstica (49.ª posição). Suíça, Suécia, Dinamarca, Países Baixos e Singapura ocupam os primeiros lugares da edição de 2021 do ranking.
O estudo, que tem a Porto Business School como parceira para o território português, assinalou cinco desafios-chave para Portugal. Primeiro, garantir um nível de crescimento sustentável da economia (PIB) que seja superior à média da UE e aos concorrentes europeus. Segundo, adotar um quadro fiscal e regulamentar favorável às empresas e ao investimento que permita impulsionar a competitividade do país após a pandemia. Terceiro, reforçar uma estratégia nacional (intersetorial de inovação e empreendedorismo) para a transformação digital que potencie a competitividade das empresas. Quarto, implementar reformas profundas no setor público: justiça, saúde, educação e segurança social. Quinto, realizar acordos interpartidários para desenvolver uma estratégia nacional para abordar questões demográficas urgentes: envelhecimento, baixa taxa de natalidade e migrações.
As recomendações para Portugal enunciadas neste estudo não apresentam novidades, infelizmente. O relatório é de 2021, mas poderia ser de 2015, 2010 ou até antes disso. O diagnóstico da falta de competitividade portuguesa é cada vez mais óbvio, os alertas internacionais cada vez mais frequentes, mas internamente tardamos em fazer algo.
Uma parceria com o Instituto +Liberdade (maisliberdade.pt)