“Oh Costa escuta a escola, oh Costa escuta-a bem. Oh Costa escuta a escola, olha a força que ela tem”. Este foi um dos cânticos que mais se ouviu, a que se juntaram palavras de ordem como “respeito”.
Os professores não desistem de lutar pelos seus direitos e hoje, em Vila Real, foram muitos os que saíram à rua. Antes da concentração na Avenida Carvalho Araújo, os docentes reuniram-se junto à Escola Secundária São Pedro, onde aproveitámos para falar com alguns.
“A educação é um dos pilares fundamentais de uma sociedade justa e democrática”, afirmou Fátima Campos, professora na Escola Secundária de São Pedro, acrescentando que “não desisto desta luta porque é uma luta justa. Não é em meu nome é em nome da escola pública, que está em perigo”.
Docente na mesma escola, Elsa Afonso faz, diariamente, uma viagem de aproximadamente 120 quilómetros entre Bragança, onde vive, e Vila Real. Professora desde 1996, “progredi pela primeira vez na carreira este ano”, conta, referindo que “esta luta não é apenas uma questão salarial nem do tempo de serviço. Acho que o que está em causa é o que queremos, enquanto escola pública e enquanto país, para o futuro dos nossos filhos e alunos”.
“Ser professor neste país é estar condenado a fazer quilómetros por muitos e muitos anos, sem qualquer tipo de ajuda”, frisa.
Já Alexandre Fraguito, do Sindicato dos Professores do Norte, lembra que “as propostas iniciais do Governo eram extremamente agressivas e penalizadoras”, pelo que “temos estado numa fase de tentar, no fundo, que essas propostas vão ao encontro aos professores e às perspetivas que os professores têm”.
Notícia desenvolvida na edição de 27 de abril