Na campanha de combate à vespa velutina deste ano, promovida pelo Gabinete Técnico Florestal do Município de Montalegre, foram instaladas 250 armadilhas, entre os meses de maio e agosto.
Segundo José Luís Tavares, responsável pelo Plano Municipal de Combate à Vespa velutina, “a rede de armadilhas apresenta excelentes resultados, capturando um número significativo de vespas velutinas, no entanto, é importante ter presente que estas vespas nunca são todas capturadas e que é cada vez mais necessária a participação de todos os cidadãos na identificação e sinalização de ninhos (primários e secundários)”.
Numa nota de imprensa, a autarquia explica que “as capturas efetuadas foram, na grande maioria, de vespas fundadoras, ou seja, vespas capazes de criarem o seu próprio ninho, que seriam futuras rainhas”.
O município adianta que, até ao momento, foram identificados e devidamente eliminados cinco ninhos primários (com diâmetros entre os 5 e os 10 centímetros) e 51 ninhos secundários (diâmetros entre os 30 e os 80 centímetros).
As condições meteorológicas têm vindo a favorecer o aumento do número de vespas asiáticas, refere José Luís Tavares, destacando o caso do último ano, em que se registou “um Inverno pouco rigoroso, em que o frio pouco extremo foi favorável à sobrevivência de muitas vespas hibernadas, que em circunstâncias mais adversas poderiam perecer, para além disso, as temperaturas altas da Primavera e Verão foram favoráveis à dispersão das vespas”.
A vespa-asiática é uma espécie exótica invasora que coloca em risco, a apicultura, já que é predadora de abelhas domésticas e de outros polinizadores essenciais, afetando assim, também, pomares e outras culturas agrícolas, bem como a diversidade biológica dos invertebrados nos diversos ecossistemas.