Estes dados foram revelados por um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), encomendado pela câmara municipal, que teve a colaboração dos serviços de planeamento e mobilidade do departamento de planeamento e gestão do território da autarquia.
Na década em análise foram reabilitados 86 imóveis, envolvendo um investimento privado de cerca de 18 milhões de euros e um investimento público a rondar os 2,4 milhões de euros, tudo isto apenas na Área de Reabilitação Urbana do Centro Histórico, da Estação e do Bairro dos Ferreiros.
Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal sublinhou que “é evidente a transformação da nossa cidade tem sofrido nos últimos anos”, frisando o “efeito catalisador que a intervenção no espaço público teve junto dos proprietários e investidores privados, cujos resultados foram agora demonstrados” neste estudo.
Rui Santos referiu ainda que a função da autarquia “é também motivar e incentivar os privados a fazerem de Vila Real uma cidade mais bonita e apetecível”.
Já Adriano Sousa, vereador do Urbanismo, destacou que foram analisadas variáveis como a data da construção dos edifícios intervencionados, o número de reabilitações por ano e por artéria assim como o investimento público e privado.
O vereador sublinhou a relevância do levantamento destes dados não só para o planeamento interno do município, pois “vai permitir sistematizar toda a informação, mas também pelo facto de possibilitar a disponibilização ao público de informação que permita compreender as dinâmicas de construção no território”.
A autarquia reconhece que a reabilitação urbana vai para além das fronteiras definidas neste estudo, ficando em “aberto a possibilidade de no futuro o município expandir este trabalho para além das áreas que foram agora apresentadas”.