Sexta-feira, 4 de Outubro de 2024
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Residências da UTAD “só daqui a dois anos”

A falta de alojamento, e os preços praticados, continua a ser o maior problema dos estudantes universitários.

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Este ano, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) “irá receber quase 1.900 novos alunos, um número recorde”, salientou o reitor Emídio Gomes, durante a sessão de boas-vindas aos novos alunos.

“Ainda não é este ano que vos conseguimos dar residências novas. Se tudo correr como o previsto, isso irá acontecer daqui a dois anos, no arranque do ano letivo”, afirma.

Beatriz Aguiar é de Vila Nova de Famalicão e chega à UTAD para estudar ciências da comunicação. “É uma universidade bastante conceituada e acho que me vai preparar bem para o futuro”, afirma, admitindo que, no início, “os meus pais não acharam muita piada em vir para cá, porque ia estar longe de casa e isso implica mais despesas, nomeadamente no alojamento, mas depois apoiaram-me”.

E encontrar alojamento, confessa, não foi tarefa fácil. “Vim logo na semana em que saíram as colocações. Seja pelo preço elevado, seja pelas condições de algumas casas, não foi fácil, mas acabei por encontrar”. Ainda assim, “vou pagar 235 euros pelo quarto”, refere.
Sobre a sessão de boas-vindas, que marcou o arranque da semana de integração, “foi engraçada, deu para conhecer outros caloiros e fazer amigos”.

Mas também o preço da propina preocupa os estudantes. “Numa altura em que muito se fala do seu descongelamento, agravando os gastos das famílias, entendemos que tal será um retrocesso no ensino superior. Caso isso aconteça, iremos fazer ouvir a nossa voz”, disse Fernando Gonçalves, presidente da associação académica na sua intervenção.

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