O presidente da A2000, António Ribeiro, expôs a situação financeira que o projeto PARES 3.0 envolve, pois entre a data de submissão da candidatura, o início da obra (30 de junho de 2023) e o dia de hoje, “passamos por uma pandemia e assistimos a eclosão de duas guerras, que têm impactado a economia mundial e uma enorme inflação e taxas de juro”.
Por estes motivos, os valores de investimento a cargo da A2000 “já se aproximam de um milhão e meio de euros”. Acresce a este esforço, o facto de a candidatura ao PARES não ter visto aprovada uma das RAI que, mesmo assim, está a ser construída, correndo o risco de ficar fechada, por falta de acordo de cooperação.
A governante admitiu que houve “um lapso”, sublinhando que “já determinou a alteração do contrato de financiamento do Pares 3.0 para que seja incluída a segunda RAI e assim a A2000 possa beneficiar do competente acordo de cooperação, que que lhe vai permitir ter financiamento do programa PARES 3.0”.
Ana Sofia Antunes frisou que “não existem muitas entidades” com o alcance e a abrangência territorial da A2000, que opera num território interior muito difícil.
A secretária de Estado visitou as obras que estão a decorrer, nomeadamente o Lar Residencial e as duas Residências de Autonomização e Inclusão (RAI), que se localizam no 1º piso.
A requalificação do edifício consubstancia, no global, dois lares residenciais, duas Residência de Autonomização e Inclusão e um Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão.
António Ribeiro sublinhou ainda a candidatura para a construção de uma ERPI (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas) que obteve uma avaliação de 80 pontos, mas, mesmo assim, não tem dotação orçamental do Plano de Recuperação e Resiliência. A secretária de Estado esclareceu que “existe um número elevado de candidaturas” e que, provavelmente, “muitas delas não serão executadas devido às grandes alterações de preços e mesmo à falta de operadores económicos na área da construção civil”. Nesta perspetiva, pode ainda a candidatura da A2000 ser “repescada” na hierarquia da aprovação, acredita o presidente.
Sobre a recente candidatura à PROCOOP, para o estabelecimento da resposta social CAARPD nos concelhos de Tabuaço e Armamar, a mesma responsável referiu que a análise e projetos de decisão estão para breve.
A A2000 tem 1.329 sócios, 1.014 clientes, 64 colaboradores, 25 parceiros estratégicos e 115 parceiros funcionais para uma zona de intervenção composta por 16 concelhos, dos quais tem instalações em oito.