A CCDR-Norte e os 20 Anos do Douro Vinhateiro Património Mundial associam-se ao Festival “Tomate Coração de Boi do Douro” e organizam, em parceria, um debate sobre a importância da valorização dos produtos locais na promoção e sustentabilidade do território.
O evento, em formato de mesa-redonda, acontece a 26 de Agosto, pelas 18h00, na Quinta de Nápoles (Niepoort), em Armamar, e conta com a participação de Célia Ramos, vice-presidente da CCDR-NORTE, António Monteiro, assessor da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Ana Maria Barata, coordenadora do Banco Português de Germoplasma Vegetal, Teresa Andresen, arquiteta paisagística e engenheira agrónoma, e moderação do jornalista e curador do projeto de valorização do Tomate Coração de Boi do Douro, Edgardo Pacheco.
Célia Ramos considera que a “sustentabilidade de uma paisagem cultural como a do Douro Património Mundial depende hoje e dependerá, no futuro, da salvaguarda e valorização dos seus atributos patrimoniais únicos e da diversificação da base económica local”.
Acrescentou ainda que “a atividade agrícola tem aí um papel fundamental, se baseada em produtos autênticos, de qualidade e respeitadores do ambiente, e da indispensável presença humana. É também esse o debate que importa fazer”.
“Apesar do peso estruturante da cultura da vinha, o Douro é tudo menos um território monocórdico. O vale de xisto constitui o terroir perfeito para a cultura do Tomate Coração de Boi, mas importa perceber também como é que se pode criar valor acrescentado com esta cultura”, contextualiza Edgardo Pacheco.
O especialista em produtos de terroir refere ainda que “entendemos que a festa do tomate deve ter igualmente uma dimensão cultural e económica associada”, integrando no programa uma conversa à volta da ciência e do papel que este fruto único pode ter na promoção do Douro.
No dia 27 de agosto, a 7ª edição do Festival “Tomate Coração de Boi do Douro” viaja até à aldeia de Arroios, em Vila Real.