Em 2019, entraram, na região do Porto e Norte seis milhões de turistas, sendo que 75% não passaram da Área Metropolitana do Porto e apenas 2,8% viajaram até Trás-os-Montes, Douro e Minho, a área de abrangência do TPNP. Os dados foram divulgados por Luís Pedro Martins que, desde que foi eleito presidente da entidade, tem trabalhado para que essa tendência se inverta. “O nosso compromisso, desde o primeiro dia, foi passar a colocar esses territórios no mapa”, referiu, destacando as blog, press e fam trips que o TPNP tem organizado nas três regiões.
Em Alfândega da Fé, Luís Pedro Martins revelou que, ainda este ano, está prevista a realização de um Festival de Balonismo e Trás-os-Montes poderá ser um dos pontos de passagem e aterragem, num percurso que começará em Santiago de Compostela e terminará no Porto, com o tema “Caminhos de Santiago” e com o objetivo de celebrar o Ano Santo Xacobeo 2021.
“É um produto que atrai milhares de pessoas e acredito que o Vale da Vilariça poderá ser um grande espaço para o balonismo. Os meus colaboradores pensam que eu sou doido, mas eu vou provar que esta doidice vai levar a algum lado. O Alentejo está a tentar fazê-lo, mas aqui temos a vantagem de podermos ver montes, vales, lagos, olivais, vinhas, muita coisa”.
Luís Pedro Martins anunciou ainda outras estratégias que o TPNP tem delineado para o território e que pretendem dar outra visibilidade a Trás-os-Montes. É o caso da possível construção de uma estação náutica nos Lagos do Sabor, uma das “novas pérolas do TPNP”.
“Já temos alguns espaços náuticos e havia uma ideia errada de que eles tinham que ser de mar, não é verdade, náutico não tem que ver com mar, tem que ver com água”, sublinhou Luís Pedro Martins, garantindo que a candidatura a fundos comunitários poderá ser uma possibilidade, em colaboração com os municípios que compõem o Baixo Sabor.
Para o território, o TPNP tem ainda pensada a Rota dos Vinhos e do Enoturismo, que será lançada no dia 27 de maio, e posteriormente a Rota das Oliveira e do Azeite.
“São este tipo de estratégias que ao fim de algum tempo irão ajudar a consolidar este território. É preciso é que as empresas as acompanhem, no alojamento, restauração e animação turística para que se criem aqui produtos turísticos compósitos para que o turista tenha razões para visitar estes territórios”.