Na próxima quinta-feira, a partir das 8h00, e por um período de 24 horas, os trabalhadores do grupo Águas de Portugal vão estar em greve.
A decisão surge depois de uma reunião com a administração, onde esta deu “o dito pelo não dito, retirando a sua proposta de negociação, numa atitude reveladora da pouca consideração pelos trabalhadores, os problemas e dificuldades com que estes se debatem há muito”.
Nesse sentido, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e a FIEQUIMETAL organizam uma concentração de trabalhadores dos oito distritos abrangidos pela Águas do Norte, nomeadamente Bragança, Braga, Aveiro, Vila Real, Viana do Castelo, Viseu, Guarda, Porto e Aveiro.
No dia da greve, os trabalhadores vão reunir-se em frente à sede da empresa, em Vila Real, para “exigir respeito pela sua dignidade e valorização profissional, pelo direito à contração coletiva, por um novo regime de carreiras, categorias profissionais e funções, pela atribuição de um suplemento de penosidade, insalubridade e risco, pelo respeito das normas de segurança e saúde no trabalho, pelo aumento dos salários, pela aplicação do acordo de empresa da EPAL a todos os trabalhadores, por um período de trabalho de sete horas diárias e 35 semanais e pelo fim do trabalho precário”.
De acordo com o sindicato, “estes trabalhadores, que prestam um serviço de excelência num grupo que registou entre 2018 e 2021 mais de 415 milhões de euros de lucro, insiste em aplicar uma política de estagnação salarial e viram o seu poder de compra baixar
drasticamente quando é o seu esforço, dedicação e produtividade que permitem à empresa a obtenção destes lucros”.