Terça-feira, 21 de Janeiro de 2025
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“Uma em cada cinco crianças estão em situação de pobreza”

A declaração é da coordenadora nacional da EAPN e refere-se a números portugueses, de 2023. Maria José Vicente esteve presente no fórum organizado pela Vila Real Social, durante esta quarta-feira, no Teatro de Vila Real e apontou alguns dados "alarmantes".

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“Temos crianças em que a taxa de risco de pobreza é elevada. Uma em 5 crianças estão em situação de pobreza”, começou por dizer a responsável, esclarecendo que “é importante ter presente que estas crianças estão inseridas em agregados familiares que estão nestas situações” e não o estão nelas inseridas por si mesmas.

Além disso, e mencionando mais dados nacionais, Maria José Vicente revelou que cerca de dois milhões de portugueses estão em risco de pobreza ou exclusão social, numa percentagem que corresponde a cerca de 20,1% da população portuguesa. Mais ainda, “se considerarmos a taxa de pobreza ou pobreza monetária, estamos a falar de uma taxa de 17%, que corresponde, em relação ao ano anterior, um aumento de 0,6 pontos percentuais, o que significa que mais 85 mil pessoas estão a viver abaixo do limiar da pobreza, que são 591 euros por mês”, acrescentou.

A coordenadora nacional da EAPN considera estes números “realmente alarmantes”, alertando que um dos grupos mais afetados por estas situações são as pessoas mais idosas”.

Para combater este panorama, a responsável explicou que está em curso uma estratégica nacional que inclui várias vertentes como “um plano para o envelhecimento ativo, as estratégias locais da habitação, a estratégia nacional para as pessoas em situação de sem-abrigo”, reforçando assim a necessidade de haver uma “articulação” entre as várias áreas, porque “o combate à pobreza não é só da área social, porque social é tudo, tem a ver com a educação, com o emprego, com a economia, com a habitação, com a justiça, com a cultura, etc”. 

Maria José Vicente defende então uma “intervenção holística, integrada, articulada” que olhem para as “várias dimensões que as famílias”, porque “há uma tendência, e esse tem sido uma das nossas falhas, em trabalhar as famílias e as pessoas, por setores”, sendo que “as pessoas têm de ser trabalhadas de forma integrada e articulada, porque uma dimensão pode levar a outra dimensão em termos de vulnerabilidade social”.

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