Ao longo de três dias, houve um programa recheado, feito a pensar em toda a família, com lutas, combates a cavalo, workshops, oficinas, espetáculos de fogo e até aulas de esgrima.
Dina Vieira é de Carrazeda de Ansiães. Encontrámo-la no castelo, depois de participar no peddy paper. Veio com a família e com amigos e confessa que “o peddy paper foi interessante, até porque conseguimos conhecer melhor a história do concelho e do próprio castelo”, afirma, acrescentando que “foi uma manhã bem passada e é uma oportunidade de tirarmos os miúdos de casa”.
Sobre o evento admite que “ainda está a dar os primeiros passos, mas quem sabe daqui a uns anos não se transforma em algo maior”.
Enquanto falava connosco, os mais novos iam, ali ao lado, treinando a pontaria de arco e flecha na mão, como é o caso de Leonor Sampaio, de 16 anos. “Participei no peddy paper e foi giro. Achei engraçadas as lendas sobre o castelo”. Quanto à viagem no tempo, confessa que “gosto destas coisas, costumo ver os combates”. Já sobre o tiro ao arco, afirma que “não é difícil, é só apanhar o jeito”.
E por falar em combates, Ruben Cabello Gonzalez veio de Madrid para participar nas lutas. “É um desporto com muita tradição, que desde 2004 começou a ganhar destaque em vários países”, refere, indicando que “usamos armaduras tal como as do século XV”.
“Viemos apoiar os nossos colegas portugueses, até porque aqui ainda não há muita gente a fazer estes combates. Fazer estas lutas num castelo, é o cenário perfeito”, confessa, acrescentando que “já não é a primeira vez que aqui estamos e gostamos muito”.
“É neste tipo de iniciativas que os responsáveis pela cultura devem apostar”
Ruben Cabello Gonzalez – Figurante
Ruben deixa ainda um desabafo. “É neste tipo de iniciativas que os responsáveis pela cultura devem apostar, porque ajuda a recuperar e manter locais históricos como este”.
Além do Torneio Medieval, no castelo, decorreu também o Mercado Medieval, na Praça 6 de Abril. Do lado da autarquia, “esta foi uma aposta ganha” e o objetivo do evento é “dar mais visibilidade ao castelo de Ansiães”.