Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025
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Vinho é a “mola real” do concelho

O concelho do Peso da Régua pertence ao distrito de Vila Real e localiza-se na margem direita do rio Douro. Fica a 25 quilómetros de Vila Real e está a cerca de 100 quilómetros da cidade do Porto. Com uma área de 94,86 km2, o concelho tem 14.541 habitantes, menos 4.291 do que em 2001, altura em que eram 18.832. Estão distribuídos por oito freguesias: Sedielos, Loureiro, Fontelas, Vilarinho dos Freires, União de Freguesias de Moura Morta e Vinhós, União de Freguesias de Peso da Régua e Godim, União de Freguesias de Poiares e Canelas e União de Freguesias de Galafura e Covelinhas

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Nos dados da Pordata, a população idosa tem aumentado, contrastando com a diminuição dos jovens, entre os 0 e os 14 anos. Em 2011, os jovens representavam 13,6% da população, enquanto os idosos eram 19,6%. Já a população ativa era de 66,9%. Em 2021, os jovens são apenas 10,7% do total da população, enquanto os idosos são agora 26,5%, um aumento que se tem verificado praticamente em todo o interior do país. A população ativa em 2021 era de 62,8, uma diminuição de quatro pontos percentuais em 10 anos.
A cidade encontra-se a 125 metros de altitude, sendo o concelho em termos gerais bastante acidentado. O solo é constituído por xistos argilosos e com algumas zonas graníticas.

É considerada a capital da vinha e do vinho, onde está a sede da Casa do Douro, do Instituto do Vinho do Porto, tem uma Cooperativa Vitivinícola e está rodeada de quintas, que são um “ex-libris” da região.

ECONOMIA

O vinho, os serviços e o turismo são as principais atividades económicas neste concelho, em grande parte, devido aos recursos naturais existentes.

O rio Douro é também o grande impulsionador do desenvolvimento turístico regional, sendo cada vez mais utilizado por cruzeiros regulares que transportam milhares de turistas ao longo de todo o ano. É no cais da cidade duriense que atracam inúmeros navios-cruzeiro, que trazem gente de todo o mundo, que vêm descobrir o Alto Douro Vinhateiro, património mundial da Unesco desde 2001.

A estância termal das Caldas de Moledo foi em tempos muito procurada pelos aquistas, no entanto, aos poucos foi abandonada. Agora, está a decorrer a revitalização de um dos edifícios do parque termal, que possui uma piscina de água quente, no âmbito do consórcio formado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) e pela autarquia. No início do próximo ano deverá abrir e voltar a receber os aquistas, o que trará um novo impulso àquela zona da cidade, que está bastante degradada. Para o futuro, o atual executivo está a tentar encontrar investidores privados para revitalizar toda aquela área.

EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS

Segundo dados da Pordata, referentes ao ano 2020, o concelho reguense ganhou mais mil empresas não financeiras, que aumentaram de 1.493 para 2.522, ou seja, são mais 1.029 empresas, que empregam 4.461 funcionários, mais 798 do que no ano de 2010.
Por área de atividade, em 2020, existiam 4.461 trabalhadores ao serviço das empresas não financeiras. Os três setores que mais empregam é a “Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca”, com 1.544 funcionários, onde se incluem os trabalhadores independentes, que eram em 2020 1.130, mais 115 do que em 2010.

Em segundo vem o “Comércio por grosso e a retalho” que tinha 845 trabalhadores em 2020, incluindo os independentes, menos 78 do que em 2010. Em terceiro surge o “Alojamento, restauração e similares”, com 403 pessoas a trabalhar nesta área, que ganhou mais 46 trabalhadores em 10 anos.

O setor da “Construção” tem vindo a perder terreno, já que, em 2020, tinha 370, tendo perdido 193 em apenas dois anos, pois em 2018 tinha 563, um número mais elevado dos últimos 10 anos, tendo em conta que, em 2010, tinha 489 pessoas a trabalhar neste setor.
Apesar de serem os setores com mais trabalhadores, em 2020, quase todos registaram uma diminuição do número de pessoal, face aos dois anos anteriores, excluindo o “Alojamento, restauração e similares”, que subiu de 350 (2018) para 403 (2020).

VOLUME DE NEGÓCIOS

Entre 2018 e 2020, as empresas não financeiras registaram uma diminuição no volume de faturação no geral, caindo de 196.192 milhões de euros para 186.511. Isto pode ser explicado pelo aparecimento da pandemia de Covid-19. O setor que mais faturou foi o “Comércio por grosso e a retalho” com 85,7 milhões de euros, menos 5,5 milhões do que em 2019. Em segundo surge a “Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” com 14,9 milhões de euros, em 2020, menos 2,07 milhões do que em 2019.

A “Construção” surge em terceiro com 13,8 milhões de euros, menos 4,8 milhões do que em 2018. Segue-se o “Alojamento, restauração e similares”, com 8,7 milhões de euros em 2020, quando em 2019 faturou 13,2 milhões de euros. A nível percentual, foi o setor que mais caiu, fruto da pandemia de Covid-19.

SALÁRIO MÉDIO

Os trabalhadores por conta de outrem ganham em média 982 euros, 224 euros abaixo do ganho médio a nível nacional.

Foi no ano de 2015 que o salário médio foi mais alto, tendo atingido quase mil euros, no entanto, nos dois anos seguintes baixou cerca de 70 euros, começando a subir em 2018.
Em oito anos, houve um aumento de 102 euros, ou seja, em 2010, o salário médio era de 880 subindo para os 982 euros em 2019.

Os quadros superiores ganham em média 1.350 euros (2019), no entanto, estes profissionais ganhavam mais em 2018, com 1.442 euros. Segue-se os quadros médios com cerca de 1.120 euros, que viram o seu salário aumentar cerca de oito euros. Na cauda da tabela estão os profissionais não qualificados com 622 euros por mês (2019), mais 17 euros do que no ano anterior.

(*)Dados recolhidos no portal da Pordata

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