De acordo com a DRCN, as intervenções a efetuar vão incidir na “reabilitação, restauro e consolidação do edificado, realizar os trabalhos de conservação e restauro do espólio artístico integrado, assim como melhorar as condições de acessibilidade e visita”.
A intervenção assenta em critérios de “rigor histórico, científico e técnico, valoriza-se a vertente conservativa, melhorando-se, sempre que possível e necessário, a leitura do conjunto”, acrescenta o comunicado da DRCN, onde explica que são várias as atividades a desenvolver na área da reabilitação e restauro da Igreja, “abarcando essencialmente a capela-mor e os absidíolos, mas também o espaço do alpendre sul e as portas”.
Será também feito o mapeamento das deteriorações da pedra existentes nos três portais do edifício, com o objetivo de preparar uma futura intervenção de conservação e restauro.
O imóvel apresenta, na capela-mor, uma pintura integral, sobre granito na abóbada de berço, cornija, arco cruzeiro e enxalços dos vãos, e sobre reboco nas paredes. As cenas representadas são datadas de 1779 e são da autoria de Francisco Bernardo Alves, de Bragança.
O teto, em abóbada, é constituído por 24 caixotões que ostentam iconografia alusiva à vida e Paixão de Cristo e à simbologia Mariana.
“O conjunto pictórico denota o resultado do mau estado de conservação do edifício, particularmente as pinturas sobre reboco dos alçados da capela-mor, degradação que resultou sobretudo de infiltrações de águas pluviais. As últimas intervenções realizadas no edifício atuaram sobre as referidas causas de degradação”, frisa a DRCN.
A intervenção começa com o restauro das pinturas murais da Capela-Mor, que tem apoio de fundos comunitários, e foi adjudicada à empresa Intonaco, “pelo valor de total de €60.186,80 e tem um prazo de execução de 180 dias”.