Sendo estas localidades maioritariamente habitadas por idosos, o apoio a esta população foi imediato e contínuo, de forma a garantir o acesso aos bens essenciais. “Os idosos representam uma grande parte da população e, durante aquele período mais complicado, quando estava tudo encerrado, estivemos sempre à disposição das pessoas, como foi o caso da entrega de medicamentos em casa. Fazíamos tudo o que nos pediam”.
Um caso feliz no meio do “caos” foi, por exemplo, o Lar de Idosos em São Tomé do Castelo, onde “felizmente, não se verificou, até agora, qualquer caso interno. Foi muito bom, tendo em conta que grande parte destas instituições foram fustigadas pelo vírus”, sustenta Francisco Coutinho. No âmbito do encerramento das escolas, o responsável explicou que também estiveram atentos às necessidades das crianças. “Nem todos tinham computador ou impressora, então nós imprimíamos e levávamos as fotocópias para que os alunos conseguissem fazer os trabalhos da escola. Entregamos, ainda, refeições em casa aos alunos que tinham escalão”.
Quanto às dificuldades sentidas durante esta fase, o presidente destaca, claramente, o isolamento e a ausência dos familiares emigrados. “O convívio, nem que seja apenas duas horas por dia, é importante. Antes, os idosos frequentavam, uma vez por semana, a ginástica. Juntavam-se num espaço para fazer exercício físico”. Agora, a vida começa, aos poucos, a regressar à normalidade, mas sobre as “saudades” daqueles que estão longe, Francisco Coutinho refere que é “uma ferida por sarar”, uma vez que na época do verão e do Natal, “a população quase triplica com a chegada dos emigrantes”, trazendo muita dinâmica e alegria às aldeias.