Terça-feira, 3 de Dezembro de 2024
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José Pinto
José Pinto
Técnico Superior de Educação

Acabou a Catequese… vamos todos para férias!

Após o encerramento de mais um ano de atividades catequéticas nas diversas paróquias, atrevo-me a fazer uma singela reflexão que poderá não ser “politicamente correta”. O caro leitor julgará em consciência

Realizadas as “Festas” da “Primeira Comunhão”, da “Profissão de Fé” e da “Confirmação/Crisma”, as crianças, os adolescentes e os jovens vão, “alegremente”, para férias, durante as quais a grande maioria vai fazer uma “pausa grande” neste “encontro com Jesus Cristo”, se atendermos ao que nos diz o Diretório Geral da Catequese: “A finalidade última da catequese é pôr as pessoas não apenas em contacto, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo” (DC 80). Encontro este que deveria ser permanente/constante, mas que, infelizmente, não é!

A atividade catequética paroquial vem seguindo o ritmo escolar, e faz “férias” precisamente nos momentos mais importantes do calendário litúrgico cristão, isto é, na Páscoa e no Natal, isto sem falarmos nas “férias grandes”! E, depois, ainda estranhamos haver quem confunda os encontros semanais de catequese com “aulas” ou “lições” de religião.
Ora, “se a Catequese deve conduzir todos os fiéis à celebração jubilosa da fé em Jesus Cristo, através da participação ativa nas celebrações litúrgicas, e de modo especial na Eucaristia dominical,”, como escrevi na VTM (06/09/2018), não será tempo de mudarmos – efetivamente – este “estado de coisas”, e tudo fazer para que nas celebrações litúrgicas anuais de maior importância (como, por exemplo, no Tríduo Pascal) as crianças, os adolescentes e os jovens participem, de forma esclarecida, nas mesmas?

É certo que os primeiros e principais responsáveis pela ausência das crianças e adolescentes nas celebrações litúrgicas são os pais/encarregados de educação. São eles os primeiros educadores na Fé! Mas tanto a catequese, como a Eucaristia dominical ficam sempre para último lugar: tudo se lhes sobrepõe, para tudo há tempo, menos para os encontros de catequese e para as celebrações litúrgicas, e nós vamos pactuamos com esta situação, tolerando, facilitando. Até parece que temos medo de perder “clientela”… 
Oremos e peçamos insistentemente ao Espírito Santo para que nos ilumine e nos ajude a ser criativos na descoberta das melhores formas de levar os outros ao encontro permanente com o Outro: Jesus Cristo!

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