Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Acreditar nos territórios do interior

As conjunturas geopolítica e geoeconómica apresentam tempos de incerteza: a guerra Rússia-Ucrânia pressiona fortemente o leste da Europa, o risco de alargamento do conflito no médio Oriente, uma recessão na China, as economias da Alemanha e França a apresentar sinais preocupantes ou a disrupção das cadeias logísticas mundiais são motivos para alerta, mas não imobilizadores.

Urge a necessidade da Europa quebrar a hegemonia e a inércia dos burocratas, tornar-se ágil e, novamente, pilotar a inovação e a produtividade.

Portugal e os territórios do interior podem ser diferenciadores e abraçar uma oportunidade única nesta conjuntura mundial. Entendo que a pressão demográfica e a crise da habitação nas grandes cidades europeias, a transformação acelerada no mercado de trabalho e a mudança de paradigma entre as profissões do passado e as do futuro, com os novos regimes de prestação de trabalho instalados durante a pandemia, são oportunidades únicas para o Interior combater o êxodo demográfico dos seus territórios, captando profissionais de elevado valor acrescentado, trabalhando para qualquer empresa, em qualquer parte do mundo.

É fundamental uma descida do IRC nos 15%. Este valor percentual é importante, porque estamos a concorrer na captação de investimento direto estrangeiro com países que já o praticam, com excelentes resultados económicos. É fundamental diminuir a burocracia e aumentar a praticidade na aplicabilidade do acesso aos fundos europeus. O desenvolvimento desses programas deve fazer-se estimulando parcerias, incluindo o associativismo empresarial. Somos parceiros que podemos e devemos ser mais envolvidos na busca de soluções. É fundamental apoiar o redimensionamento das PME (pequenas e médias empresas): programas bem orientados para as empresas investirem, apoiá-las nesse crescimento e transformação organizacional. Eu acredito no nosso território, no interior, no potencial das nossas empresas e no talento dos nossos recursos humanos. Temos de acelerar a transformação cultural para a abertura, para a expansão e para a ambição.

Deixo aqui a minha palavra de profunda admiração por todos os empresários que continuam a investir, a lutar e a acreditar nos territórios do interior.

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