Sexta-feira, 17 de Maio de 2024
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Angola e Portugal fortalecem relações com consulado em Trás-os-Montes

O espaço, a funcionar junto ao Largo do Pelourinho, foi inaugurado na segunda-feira e vai servir os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda

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Portugal e Angola cruzaram as suas histórias no século XV. Há cerca de duas semanas, de visita a Angola, o primeiro-ministro, António Costa, dizia que a relação entre os dois países é “especial, madura e cúmplice”. E João Lourenço, presidente angolano, admitiu que as relações entre Portugal e Angola “nunca estiveram tão boas”.

E a prova disso foi dada em Vila Real onde, desde segunda-feira, existe um Consulado Honorário de Angola. À margem da cerimónia de inauguração do espaço, António Cunha, cônsul honorário de Angola em Portugal, não escondeu “o orgulho” neste dia e revelou alguns dos objetivos do consulado, como “ajudar os empresários de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda que queiram investir em Angola, bem como facilitar a ação de empresários angolanos em Portugal”.

“Ainda antes de ser cônsul levei muitos empresários para Angola”, revela António Cunha, admitindo que “hoje, Angola está muito diferente e é essa imagem que queremos passar. É um país aberto e o investidor estrangeiro tem os mesmos direitos que os locais”.

O cônsul aproveitou para reforçar que “em 2018, a lei de investimento privado colocou no mesmo patamar os investidores nacionais e estrangeiros, com os mesmos direitos de acesso a incentivos fiscais e apoios financeiros”.

Sobre o trabalho a ser feito pelo consulado, António Cunha diz que “seremos uma espécie de caixa de correio”, revelando que “estamos disponíveis para receber todos aqueles que queiram trabalhar com Angola”.

“Estamos disponíveis para receber todos aqueles que queiram trabalhar com Angola”
António Cunha,
Cônsul Honorário de Angola

“Angola é muito especial para Portugal, e vice-versa. A abertura deste espaço é um sinal de que Angola veio atrás dos seus concidadãos”, afirma.

SEIS MIL ANGOLANOS

Nos distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda, segundo dados avançados pelo cônsul de Angola, existem cerca de seis mil angolanos. “Só em Vila Real serão à volta de dois mil”, a maioria estudantes.

Para Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real, a abertura do consulado na cidade é “uma mais-valia”, até porque irá permitir aumentar “o investimento de Portugal em Angola e de Angola em Portugal”.

Além disso, “vai possibilitar que as instituições de ensino superior possam aprofundar as suas relações com aquele país, trazendo mais alunos, mais ciência e investigação, permitirá aos empresários conhecerem as condições de investimento nos dois países e permitirá aos cidadãos identificar oportunidades para desenvolverem a sua atividade profissional ou pessoal, nos dois países”.

O autarca acredita, também, que a abertura do consulado em Vila Real é “um exemplo da descentralização”, que deve ser tido em conta pelo Governo pelo facto de “no interior, poderem estar disponíveis serviços de qualidade”.

O Consulado Honorário de Angola em Vila Real vai funcionar junto ao Largo do Pelourinho, mas estas são “instalações provisórias”.

“Aquilo que nos foi dito pelo presidente da câmara é que, logo que possível, teremos instalações no antigo Governo Civil, onde serão feitas obras. Lá teremos o dobro do espaço e será possível criar outras sinergias. Para já estamos neste cantinho e estamos muito bem”, conclui António Cunha, esperando estar “à altura da responsabilidade”, contando “com todos vós, neste cantinho de Angola em Vila Real”.

De referir que a inauguração do Consulado de Angola contou com a presença da diretora geral do Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares do Mirex, a embaixadora Maria Filomena Neto António.

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