Natural de Murça, o historiador obteve “unanimidade” por parte do júri, que distinguiu “uma personalidade ímpar da cultura e da cidadania, autor de inovadora e vasta obra no domínio da História, mas também poeta luminoso”.
O júri, composto pelo presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, pelo presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Francisco Duarte Mangas, pelo escritor e presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, pela Diretora do Jornal de Notícias, Inês Cardoso, e por Valdemar Cruz, jornalista do Expresso, destacou, ainda, o seu exemplo de “homem de coragem”.
“Mesmo nos tempos da dura repressão fascista, jamais traiu a luta por um Portugal de liberdade e livre. Preso, perseguido ou forçado a mergulhar na clandestinidade, sempre inventou tempo para a bondade e para avivar a voz dos silenciados”, vinca a associação.
O prémio Rodrigues Sampaio foi instituído nos anos 50 pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras no Porto e distingue uma personalidade da cultura portuguesa que, ao longo do seu percurso, “tenha praticado os valores da liberdade, da cidadania, como forma de aproximação entre as pessoas, com vista a uma sociedade verdadeiramente democrática”.
Historiador, investigador e poeta, António Borges Coelho nasceu em Murça, em 1928. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1967, e doutorou-se em 1984, na mesma instituição.