“Ainda vão aparecendo algumas pessoas, mas poucas chegam ao final da formação”, lamenta José Silva, presidente da direção, referindo que, além deste, também o financiamento por parte do Estado “fica aquém” do desejado. “Temos que nos apetrechar com equipamentos e viaturas para que os operacionais possam dar resposta às solicitações”, afirma, salientando que “o transporte de doentes é fundamental para as populações e o pilar da associação em termos financeiros”. Contudo, “estamos cerca de seis meses à espera que o serviço nos seja pago”, pelo que “temos que fazer uma ginástica grande para manter as contas em dia”.
A isto junta-se “a manutenção das viaturas e o preço dos combustíveis”, avança José Silva, indicando que “vamos substituindo as viaturas quando necessário e sempre que possível. A despesa com viaturas e com o pessoal é a grande fatia do orçamento desta associação”.
Marcos Fonseca, comandante desta corporação, admite que “não temos dificuldade em trazer pessoas, mas sim em mantê-las”, revelando que “há alguns apoios por parte do município e benefícios para quem é bombeiro, mas de resto, poucas regalias temos. Temos duas Equipas de Intervenção Permanente que vão ajudando a manter alguns jovens”. O comandante lembra que “antigamente, o volume de trabalho era menor e era fácil ser voluntário”, mas que “hoje em dia, por exemplo, é complicado o patrão deixar sair o funcionário quando a sirene toca”.
Sobre o parque de viaturas, Marcos Fonseca diz que “a frota automóvel é grande” e não fosse as distâncias para os hospitais tão grandes “muitas delas não seriam necessárias”. Para Vila Real, por exemplo, “demoramos, no mínimo, três horas desde que a ambulância sai até que regressa”. “Fazemos por ter as pessoas bem formadas e bem equipadas. É uma forma de a população se sentir mais segura”, conclui o presidente, José Silva.
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