Domingo, 19 de Janeiro de 2025
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Bloco de Esquerda defende modernização da linha do Douro até Barca D’Alva

A candidatura do Bloco de Esquerda (BE) à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Viseu participou numa ação conjunta com as candidaturas dos círculos de Vila Real, Guarda e Bragança, em que percorreram a Linha do Douro da Régua ao Pocinho, onde constataram as potencialidades desta linha, que querem “modernizada em todo o percurso e até Barca D'Alva”, que está atualmente encerrado, mas também a muito reclamada ligação a Espanha.

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Em comunicado, o BE refere que os atrasos na execução do plano Ferrovia 2020 “têm sido permanentes e arrastam-se por vários anos”, impedindo o avanço do processo de modernização da ferrovia, “fundamental para mitigar o despovoamento do interior, contribuir para a descarbonização da economia e, acima de tudo, potenciar a qualidade de vida e mobilidade da população”.

Foi chamado de Ferrovia 2020, mas o programa de modernização da rede ferroviária nacional, que era para estar totalmente terminado em setembro de 2021, “tem atrasos, que o arrastam para 2023 fazendo com que, em alguns casos, haja incumprimentos de prazos na ordem dos três anos e meio”.

O final de 2023 é apontado como o prazo para a maioria das intervenções anunciadas, entre as quais a eletrificação do troço Marco de Canaveses-Régua, na linha do Douro.

A Assembleia da República aprovou em março, por unanimidade, os projetos de resolução do Bloco de Esquerda, PCP, PEV, PAN e PSD, que defendem a requalificação da Linha do Douro, a reabertura do troço Pocinho – Barca d’Alva e a reativação da ligação a Espanha.

Porém, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, diz que esse investimento depende de disponibilidade financeira (apesar de haver fundos comunitários para tal em vários programas europeus). Para o BE, este argumento “já não o utiliza quando se compromete com a linha de alta velocidade Lisboa – Porto, no valor de 4,5 mil milhões de euros”.

“Uma falta de compromisso sentida pelas populações, céticas em relação à tão ansiada reabertura do troço, que de resto está expressa no PNI 2030 (Plano Nacional de Investimentos), onde para o Pocinho-Barca d’Alva apenas consta que “serão feitos os estudos necessários à expansão e reforço da rede onde tal se revele pertinente”, acrescenta o partido.

Na linha do Douro, os projetos de investimento “precisam de sair do papel e ser efetivamente concretizados, como a eletrificação de toda a linha, a renovação das carruagens e locomotivas, o reforço dos horários, de modo a conciliar o turismo com a população local, que depende dessa ligação para as suas deslocações, a reativação da Linha do Douro até Barca D’Alva (atualmente encerrado) e a muito reclamada ligação a Espanha.

Durante a visita à linha do Douro, em diálogo com profissionais da área ferroviária e utentes da linha, o BE identificou vários problemas, “como carruagens muito antigas e uma linha a precisar de requalificação e que já deveria ter sido eletrificada e ainda não foi”.

Constataram também a existência de uma “aposta no turismo nesta linha específica que tem deixado as populações que necessitam de fazer esta viagem com muitas poucas condições para o fazer. No inverno existem problemas de carruagens extremamente frias e no verão extremamente quentes, falta de condições que também afetam os próprios trabalhadores”.

No Plano Ferroviário Nacional, o Bloco de Esquerda defende a ferrovia como um “instrumento essencial de resposta ao problema de despovoamento do interior do país”. Por essa razão, “temos vindo a defender que a rede nacional deve fazer a ligação a todas as capitais regionais e distritais”, conclui o partido em comunicado.

 

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