O futuro das cidades está a ser moldado por um conjunto de mudanças que visam otimizar a vida urbana, alinhando inovação tecnológica e sustentabilidade. A população que vive nas cidades deve aumentar significativamente até 2050, trazendo novos desafios que precisam ser enfrentados com soluções inteligentes.
Isso implica repensar a eficiência urbana e criar ambientes mais sustentáveis para o planeta, usando novas tecnologias que dependem de um ecossistema de objetos e serviços. O âmbito que abrange este novo modo de gestão da cidade inclui, em particular: infraestruturas públicas (edifícios, mobiliário urbano, domótica, etc.), redes (água, eletricidade, gás, telecomunicações); transporte (transporte público, estradas e carros inteligentes, a chamada mobilidade suave – de bicicleta, a pé, etc.); e-serviços e e-administrações.
As cidades do futuro são um reflexo do compromisso com a inovação, eficiência e sustentabilidade, trata-se de melhorar a qualidade de vida dos moradores, tornando-as mais adaptáveis e eficientes.
De seguida e de uma maneira pouco extensiva, nomeio os “living labs” que estão a redefinir a forma como vivemos, trabalhamos e interagimos e que mais se têm distinguido em todo o país.
Águeda é apontada como uma das primeiras smart cities portuguesas. Assume-se como um laboratório urbano, que se traduz num ambiente aberto de inovação, onde a autarquia, os cidadãos, as empresas e as escolas colaboram no desenvolvimento, implementação, validação e teste de novas tecnologias.
O Barreiro, é hoje uma cidade moderna, pioneira na monitorização de mobilidade através do 5G, direcionada para dois setores importantes: a gestão de resíduos e os fluxos pedonal e rodoviário.
Guimarães, Capital Europeia da Cultura em 2012, avançou em 2017 com o sonho de se tornar uma capital da tecnologia, fazendo parte da iniciativa DREAM Smart Cities for All, que incluía seis outras cidades europeias na senda de um futuro mais sustentável e inovador.
Leiria é outro dos municípios que está cada vez mais digital e tem sido palco de múltiplos projetos inovadores que a visam modernizar.
Valongo, é atualmente conhecida pela Capital do Desporto Outdoor, com quilómetros de pistas e de trilhos para percorrer a pé, de bicicleta ou a cavalo pela cidade ou na natureza, locais de escalada e até um circuito de contemplação de paisagens serranas.
Viseu, em 2021, repetindo a proeza de 2012, voltou a ser destacada pela DECO PROteste como a Cidade com Mais Qualidade de Vida, nomeadamente em custo de vida, segurança e criminalidade, e limpeza e gestão de resíduos.
Estes exemplos destacam o esforço e o compromisso de diversas cidades portuguesas relativamente à transformação digital e à transição energética em prol de um futuro mais sustentável e centrado nas necessidades das pessoas. Cada município está a fazer a sua trajetória. Importa ressaltar que estas não são as únicas cidades em Portugal a liderar este caminho, pois há outras que também estão a contribuir significativamente para uma mudança de paradigma.
Em relação a Vila Real, cabe a cada um de nós a sua avaliação.