Em causa está a criação de um hotel de quatro estrelas, com 69 quartos, estando também prevista a recuperação das termas, encerradas há mais de 20 anos. Além disso, serão feitos trilhos para atividades relacionadas com a natureza, haverá um espaço multiusos, para a realização de eventos, e ainda uma GuestHouse, na zona da Abelheira.
Previsto está também um espaço para o diálogo ecuménico e inter-religioso, num jardim das oliveiras, destinado a esse fim, assim como um conjunto de cerca de 30 atividades de animação turística.
“Este projeto não é um hotel, não são umas termas, não é uma plantação agrícola, não é um espaço com trilhos sensoriais, não é um museu, não é uma biblioteca, é tudo isto conjugado”, referiu o padre Eduardo Novo, na apresentação do projeto.
Segundo o responsável pelo Convento, o projeto irá permitir criar “80 postos de trabalho diretos e 200 indiretos”, esperando-se “o envolvimento de toda a comunidade e o apoio da congregação que está presente em 20 países”.
O padre revela que o conceito assenta nos símbolos “Luz, Água e Silêncio” e pretende-se que este seja “um projeto âncora, de desenvolvimento para a congregação e para a região”, frisa.
Para levar a bom porto o projeto, a congregação tem vindo a fazer candidaturas a fundos comunitários, havendo algumas que “já estão aprovadas”, nomeadamente “para a limpeza da floresta, no âmbito agrícola e da transformação de produtos”, indicou o padre Eduardo Novo.
Presente na apresentação do projeto “Balsamão” esteve Luís Pedro Martins, que se “apaixonou” pela iniciativa desde a primeira hora. “Estamos a receber mercados muito interessantes, como o americano, canadiano, brasileiro, que são mercados de alto rendimento e que procuram sítios e experiências diferentes, com muita qualidade de serviço e uma oferta diferenciadora”, afirmou, acrescentando que “os turistas vão encontrar razões para se deslocarem a Balsamão, onde encontram um turismo criativo, onde será possível ter experiências diferentes, como tosquiar uma ovelha, pisar as uvas ou apanhar o mel”.
Se o financiamento correr como o pretendido, a congregação espera inaugurar o espaço “no verão de 2025”, sendo que dos 17 milhões de euros de investimento, 5,5 milhões são assegurados pelo promotor, três milhões resultam de empréstimos sem juros e o restante decorre de apoios comunitários apresentados numa dezena de projetos.
Recorde-se que os Padres Marianos da Imaculada Conceição, se fixaram no Convento de Balsamão, na Diocese de Bragança-Miranda, desde 1954, após o frei Casimiro Wysiynski ter fundado a congregação em Portugal no mesmo “monte sacro”, em 1754, e vão requalificar agora o santuário, o edifício da comunidade religiosa e o espaço envolvente, num total de 150 hectares.