O responsável afirma que “tem sido fácil” cativar bombeiros para estes desafios. “Neste momento, já são as pessoas que vêm pedir para integrar, o nosso esforço até fazer a seleção”, assegura.
Também o recrutamento para o curso de bombeiros foi muito bem-sucedido, com a angariação de 52 formandos. “Não gastámos um euro em flyers, mas as pessoas começaram a aperceber-se da vontade da mudança e da dinâmica”, afirma. A nova recruta está em formação há cerca de três meses, esperando que possam terminar em março do próximo ano e o comandante perspetiva que “pelo menos metade fiquem nos bombeiros”.
A entrada destes estagiários “vai permitir constituir piquetes durante todo o ano” e, a correr como planeado, ter uma “capacidade de resposta muito mais musculada, com efetivos ao serviço, sem ter de chamar pessoas que estão em casa para fazer resposta de emergência”.
“Além dos fogos florestais preocupamo-nos com a saúde, a ação social e somos um parceiro ativo e forte da comunidade”
João Gouveia – Presidente
“O subfinanciamento destas instituições” é uma preocupação. “Temos de ter uma imaginação muito fértil, para conseguir dar resposta”, frisa, assim como para lidar com as solicitações para os serviços clínicos que “são cada vez mais e o quartel ficava com pouquíssimo efetivo”, mas em conjunto com a direção têm “encontrado solução para isso” com mais contratações.
O presidente da Associação Humanitária, João Gouveia, também destaca que “é muito difícil gerir uma casa destas”, sendo necessário “poupar e ter uma gestão rigorosa”. Garante que a saúde financeira da instituição é boa, mas tem de “ser gerida com pinças”, sendo que o orçamento anual é de mais de um milhão de euros. “Já é muito dinheiro”.
Segundo o responsável, a instituição tem um quadro de pessoal maior do que quando iniciaram funções, há quase 9 anos, “e a tendência será aumentar”, por haver mais serviços, nomeadamente na área da saúde.
Nos últimos 10 anos, foram adquiridas duas ou três viaturas por ano, nomeadamente oito de combate a incêndios e autotanques e recentemente compraram uma máquina que faz massagem torácica, designada LUCAS. “Fomos a primeira corporação no Norte a ter esse aparelho”.
Têm sido feitos melhoramentos nas instalações, mas a AHBVM tem um projeto já aprovado para a ampliação do quartel, que espera candidatar a fundos de apoio. “As instalações são pequenas para as nossas necessidades, para viaturas, formação, precisamos de um refeitório e um anfiteatro, nomeadamente para a banda”.
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