Parabéns ao jornal A Voz de Trás-os-Montes por esta iniciativa. São 500 estrelas de diferentes atividades em territórios periféricos ao litoral, mais populoso e mais industrializado, resultado de uma orografia só ultrapassada nos primeiros anos do século XXI, bem como da centralizada governação nacional.
A economia é marcada pelo setor primário, com grande expressão do agroalimentar (sobretudo vinho, azeite e castanha, bem como águas); a indústria de componentes automóveis lidera exportações e emprego; há uma forte presença das empresas produtoras de energia a partir de fontes renováveis; e é crescente o turismo, nomeadamente em combinação com o agroalimentar, especialmente no enoturismo.
A evolução demográfica negativa das últimas décadas é a principal preocupação, com consequentes dificuldades em encontrar recursos humanos para quase todo o tipo de postos de trabalho. A imigração dos últimos anos é um raio de esperança num processo de rejuvenescimento que se afigura como o maior desafio destas sub-regiões.
Será também pela inovação, alimentada, sobretudo, pelas instituições de ensino superior aí instaladas, que o futuro destas empresas se joga. Inovação que tem de estar no centro das estratégias empresariais, seja no setor primário, na indústria ou nos serviços. Por isso, a CCDR Norte aposta numa maior territorialização do Sistema Regional de inovação, reforçando centros de investigação académicos, laboratórios colaborativos e centros de I&D independentes, promovendo a sua efetiva colaboração com as empresas. Esta articulação é essencial para a geração de valor, aumento de exportações e, consequentemente, uma melhor empregabilidade. Este é o círculo virtuoso de desenvolvimento que permite fixar e atrair pessoas e competências.
Nestes territórios, que a natureza brindou e a história moldou, as suas empresas, as maiores que agora celebramos, bem como as pequenas, nomeadamente as associadas a produtos com denominação de origem certificada, são esperança num futuro melhor.