São efetivamente boas notícias, num território que não tem muitas oportunidades de emprego, particularmente entre os jovens. Mas não podemos esquecer que há reflexos (nestes dados) da passagem da troika por Portugal, ou seja, é um facto que muitos jovens, entre outros, emigraram face à escassez de oportunidades no seu país. A saída dessas pessoas resultou numa diminuição de inscritos nos centros de emprego (os dados analisados na notícia têm por base este indicador), que em termos práticos contribuiu para esta diminuição.
Digno de registo, entre os 25 e os 34 anos, Ribeira de Pena teve uma redução de quase 62%, que equivale a menos 50 inscritos no centro de emprego. Já no caso de Bragança, diminuiu, desde 2009, 52,41% o número de inscritos à procura de emprego. Eram, há nove anos, 492 pessoas à procura de trabalho, em 2018 o número caiu para 234. Ou seja, havia no final do ano passado menos 258 inscritos no Centro de emprego local. Na perspetiva percentual, Boticas aparece logo a seguir com uma redução de 51%, ainda que neste caso a redução foi de menos 21 inscritos, que resulta, de um índice populacional muito menor, quando comparado com Bragança. Ainda assim, Boticas é o concelho onde existiam (final de 2018) menos pessoas inscritas (20) , na faixa etária entre os 25 e 34 anos, em toda a região Transmontana e Alto Duriense.
Mesão Frio e Chaves também se destacam por apresentaram reduções de 50,05% e 45,38%, respetivamente.
No concelho de Vila Real, houve uma redução da taxa de desemprego de 33,51%, a que correspondem menos 266 pessoas inscritas face a 2009, um número superior a Bragança, mas percentualmente inferior, em resultado da dimensão populacional dos dois concelhos.
Nestes dados, e em sentido inverso, Alfândega da Fé, Tabuaço e Carrazeda de Ansiães foram os concelhos que aumentaram o número de desempregados face a 2009.