Desde então, percorre o país de lés a lés a falar, literalmente para boneco.
É isso que vai acontecer a partir de 4 de outubro, dia em que arranca aquela que será a primeira digressão regional de humor, chamada “A olhar para o boneco”, onde estão já confirmados espetáculos em 10 cidades.
Em entrevista à VTM, o humorista explica que “a ideia de fazer esta digressão foi da produtora ‘De mi para si’ e eu disse logo que sim, até porque das vezes que atuei cá, fui muito bem recebido”.
“O público de Trás-os-Montes é muito caloroso e são pessoas que gostam de rir”, indica, frisando que “acho que nunca houve um humorista a fazer uma digressão regional, já para não falar que vão sempre para os sítios do costume”. “Vir a sítios onde não há tanta oferta, faz com que as pessoas valorizem ainda mais e acabamos por sentir isso em palco”, acrescenta.
Questionado sobre o processo criativo, João Seabra conta que “há alturas em que não sai nada e outras em que parece que chovem ideias. Às vezes surgem ideias quando estou a conduzir ou a tomar banho. E mesmo quando vou a um café, ouço qualquer coisa e penso que aquilo até dá uma boa piada”.
Os seus espetáculos são uma mistura de stand-up com ventriloquismo e há público de todas as idades, sendo que os mais pequenos vão com os pais, atraídos pelos bonecos. Mas como será adaptar um espetáculo quando há muitas crianças na plateia? “Há que ter um certo cuidado, claro. Há assuntos que eu vou focar que são só de adultos e as crianças não vão perceber nada, daí que com os bonecos consigo trabalhar para todos os públicos”.
Melhor mesmo só ver de perto como tudo acontece. A partir de terça-feira (4) e até dia 6 de novembro, João Seabra vai pôr Trás-os-Montes “A olhar para o boneco” com a ajuda dos seus companheiros de viagem: o burro Zoina, o velho Antunes, a avestruz Truz e o macaco Sidónio.
Para já, estão confirmados espetáculos em Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Alfândega da Fé, Freixo-de-Espada à Cinta, Peso da Régua, Torre de Moncorvo, Chaves, Lamego, Carrazeda de Ansiães e Boticas.