No sábado, às 14h00, várias pessoas responderam ao convite e compareceram junto à Pousada do Marão para colocarem mãos “ao lixo” e deixar a serra mais limpa.
Olga Oliveira é uma delas. Veio acompanhada do filho, João, de três anos. “Trouxe-o para ele perceber a importância de proteger a natureza”, explica, admitindo que “estas iniciativas são fundamentais”.
“Trouxe o meu filho para ele perceber a importância de proteger a natureza”
Olga Oliveira
Participante
O pequeno João concorda e diz que “não é bom as pessoas deitarem lixo para o chão”.
Contudo, “é pena que ainda sejam necessárias iniciativas deste género”, frisa Andreia Silva, outra das participantes, acrescentando que “vai muito da educação. Acredito que daqui a umas décadas tenhamos uma sociedade mais consciente daquilo que são as práticas diárias menos poluentes. Claro que vai demorar o seu tempo e durante uns anos teremos recolhas como esta”.
O grupo reuniu-se na Pousada do Marão e dividiu-se em dois. Uns foram para o parque de merendas, outros para a Senhora da Serra. Ainda antes de arrancarem, Andreia deu uma ideia daquilo que poderiam encontrar. “Sobretudo plástico, maços de tabaco e máscaras, tendo em conta o período que atravessamos”, indicou.
E não se enganou. Mesmo ali ao lado da Pousada, em pouco mais de 200 metros, encheram dois sacos de lixo.
“As nossas florestas estão muito poluídas. Já apanhei toalhitas, máscaras e latas”, frisou Laura Vidal, de 10 anos.
A mentora do projeto, Joana Barbosa, acompanhou o grupo que foi para a Senhora da Serra, onde o cenário era “vergonhoso”.
“Vamos ter que voltar lá porque ainda ficou imenso lixo. A central de telecomunicações tinha muito lixo, como restos de materiais que lá usam, desde cabos e borrachas. É vergonhoso”, afirma.
Entre parque de merendas, arredores da Pousada e Senhora da Serra, este grupo de voluntários encheu “mais de 50 sacos de lixo normais, fora os grandes”, conclui.
E porque para trás “ainda ficou muito lixo”, em breve será agendada uma nova ação de recolha.
Dos mais novos aos mais velhos, todos podem juntar-se a este movimento. Segundo Joana Barbosa “toda a ajuda é bem-vinda”.[/block]