O valor representa um aumento de 24% em relação à campanha realizada em igual período de 2021, de acordo com um comunicado da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, enviado à Lusa.
A campanha de recolha de alimentos, que decorreu em dois mil supermercados, envolveu cerca de 40 mil voluntários dos 21 Bancos Alimentares espalhados pelo país.
A presidente da federação, Isabel Jonet, elogiou a “congregação de boas vontades, quer dos voluntários que deram o seu tempo, quer dos milhares de doadores que doaram alimentos, quer ainda de muitas empresas que apoiaram”.
A federação sublinhou “as necessidades acrescidas de apoio com que se confrontam muitas famílias portuguesas, cujos rendimentos se veem cada vez mais pressionados devido ao aumento generalizado dos preços e das taxas de juro”.
Os alimentos recolhidos vão começar a ser distribuídos a partir da próxima semana, contribuindo para ajudar a suprir as necessidades alimentares de cerca de 400 mil pessoas, apoiadas por 2.600 instituições.
No ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 34.551 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 48 milhões de euros), num movimento médio de 105 toneladas por dia útil.
Em 2020, quase dois milhões de portugueses estavam em risco de pobreza, mais 200 mil pessoas do que no anterior, indica um relatório divulgado pelo INE em janeiro.