Terça-feira, 13 de Maio de 2025
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António Martinho
António Martinho
VISTO DO MARÃO | Ex-Governador Civil, Ex-Deputado, Presidente da Assembleia da Freguesia de Vila Real

O apagão e os apagões

Muitas vezes, os segundos são bem piores que os primeiros. Mas, por estes dias, próximos do apagão que deixou Portugal, Espanha e algumas regiões de França literalmente às escuras, outros se verificaram.

Não poderão ser considerados à letra, mas não menos graves que aquele. O 28 de abril de 2025 ficará na memória de muitos, daquele que nunca conheceram outra forma de iluminação que não a elétrica, mas, de igual modo, para os que nasceram num tempo em que a candeia a petróleo, a de azeite, o candeeiro, o lampião ou o gasómetro a carboneto eram as únicas – bem boas, algumas – formas de iluminação à noite.

Que a rádio, nomeadamente, a pública, prestou um excelente serviço aos portugueses já ninguém duvida. Um pequeno rádio, a pilhas, permitiu-me acompanhar o que se ia passando. Enquanto houve rede móvel, estive atento às newsletters dos jornais que acompanho diariamente. Mas depressa aconteceu outro apagão e só mesmo a Antena 1 e a TSF mo permitiram. É pena que as rádios locais não sejam apoiadas para poderem prestar esse serviço público como o fazem quando em condições normais se vivem outras situações de crise. E se o Governo se eclipsou, tal como na celebração do 25 de Abril, quando os cidadãos necessitavam de uma palavra que inspirasse confiança e calma, soube que, por cá, se verificou um outro apagão, o do Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Comando Regional do Norte, que ninguém viu, que nem é da área em que o Comando está sedeado, nem cá reside. A propósito da falta de coordenação, pessoa amiga lembrou-me o papel dos Governadores Civis nestas questões de Proteção Civil a nível distrital, pode dizer-se, sub-regional. No dia que se seguiu ao apagão encontrei, através do programa Antena Aberta, resposta para uma outra questão que se me colocou nesse dia – que benefício trouxe aos consumidores que optaram por instalar painéis fotovoltaicos nos telhados das suas casas essa fonte de energia? Um cidadão de Castelo de Vide trouxe luz à minha questão: “o meu problema foi relativo; os painéis fotovoltaicos instalados no telhado de minha casa funcionaram bem, tenho uma bateria e não houve problemas.” Esplêndido! Por isso lamento que a E-Redes não tenha permitido que uma candidatura que eu preparava no âmbito do Programa INOVAR+ 2.0 avançasse, podendo neste apagão, disponibilizar energia elétrica aos vizinhos. E o Projeto Bairro Solar seria benéfico mais uma vez.

Afinal, o apagão não foi só o da falha no fornecimento de energia elétrica. Outros, vários, aconteceram.

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