Sábado, 27 de Julho de 2024
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“O Estado não pode investir só na prevenção”

Eleito em outubro de 2021, António Nunes diz que muita coisa foi conseguida desde então, destacando a atualização dos valores pagos pelo transporte de doentes. Em entrevista à VTM, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses não esconde as dificuldades que as Associações Humanitárias atravessam, principalmente na angariação de novos bombeiros. Fala ainda do SIRESP e da reorganização dos comandos distritais

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Antes demais, que balanço faz destes quase dois anos de mandato?

É um balanço positivo na medida em que temos conseguido resolver uma série de situações. A questão fundamental era tentar cumprir um conjunto de iniciativas, pelo que conseguimos atualizar o preço do transporte dos doentes não urgentes, conseguimos acabar com o pagamento de portagens por parte dos VDTD (Veículos Dedicados ao Transporte de Doentes), conseguimos que as inspeções que eram feitas no INEM e no IMT fossem feitas, apenas, no INEM. Conseguimos, também, junto do Ministério da Administração Interna, atualizar os valores da diretiva financeira. Tem sido, um mandato positivo, de grande cooperação com as federações de bombeiros e com as associações humanitárias. Ainda assim há questões que avançaram contra nossa vontade, como é o caso da subdivisão da reorganização dos comandos distritais.

Já que falou dessa questão, como é que vê a reorganização dos comandos distritais, que deram origem aos subcomandos regionais?

Muito mal. Há muito que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) diz que não concorda com esta subdivisão. Há aqui um problema de base que tem a ver com o facto de termos uma vasta tradição dos distritos, principalmente do ponto de vista operacional. Por outro lado, ao nível da legislação, e no âmbito da Proteção Civil, ainda existem os distritos, daí que nós não entendemos como é que foi feita esta divisão, que não tem uma lógica de complementaridade. Em alguns casos, como acontece em Viseu ou Vila Real, o distrito está divido em três CIM’s e isso não dá conforto. Aquilo que sempre defendemos é que nos locais onde a CIM coincide com o distrito, se avançasse. Nos outros, que houvesse mais cautela e não foi assim que aconteceu. A LBP não se revê na organização da Proteção Civil do ponto de vista administrativo. Não faz sentido, por exemplo, termos um concelho do distrito de Vila Real na CIM de Braga, porque não estão habituados a trabalhar com estes territórios.

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