“O maior constrangimento do concelho reside no binómio desertificação/envelhecimento populacional. Este resolve-se captando investidores/investimentos geradores de emprego e a prioridade é estancar o êxodo populacional”, apontou o candidato.
Octávio Rodrigues, de 60 anos, licenciado em gestão, foi vereador sem pelouro pelo PS entre 2005 e 2009. Desde 2017 é líder do grupo parlamentar na Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar.
O socialista frisou que tem como ambição “incrementar a qualidade de vida dos aguiarenses”, considerando esse “um sonho concretizável”, garantindo que “inverter a tendência de desertificação será, inquestionavelmente, o grande desiderato da equipa que lidero”, garantiu.
Octávio Rodrigues destacou, também, que a avaliação ao atual executivo “não pode ser positiva”, explicando que nos últimos anos entraram “milhões de euros para desenvolver o concelho”, mas “os dois principais problemas de que o mesmo padece acentuaram-se”, referindo-se à perda de população com capacidade crítica e de trabalho e a uma “diminuição drástica” do número de empresas.
Para o candidato socialista, o concelho enfrenta uma “falta de mão-de-obra” que condiciona investimentos. “Este condicionamento contribui para a redução de oportunidades, que, por sua vez, forçam muitos dos nossos conterrâneos a procurar lá fora o que não encontram cá dentro”, referiu, explicando que as soluções a “serem tomadas hoje apenas terão efeitos a médio/longo prazo”.
Octávio Rodrigues defendeu, ainda, “melhores ligações à rede de autoestradas” e “oferecer aos [empresários] interessados vantagens” face aos concelhos vizinhos, “disponibilizando áreas de implantação e benefícios fiscais”.
A autarquia de Vila Pouca de Aguiar é liderada desde 2009 pelo PSD. Entre 2001 e 2009 esteve à frente da câmara uma coligação PSD/CDS-PP. Em 2017, os sociais-democratas conquistaram quatro mandatos, contra três do PS.
Além de Octávio Rodrigues, são candidatos à autarquia o atual presidente, Alberto Machado (PSD), que concorre ao terceiro mandato, Frederico Fernandes (CDS-PP) e Victor Solinho Salgado (Chega).