O músico da caixa ergue triunfante o copo com um sorriso rasgado e largo. Na taberna, havia sempre um músico que trazia no farnel uma tora de salpicão ou rodela de chouriço ou linguiça. Era o caso do António de Raul e do António Silveira (corrupito). Eram músicos precavidos e era fácil vê-los de canivete em punho a partir vagarosamente esses petiscos com redobrado prazer para inveja de alguns.
“Só me falta o isco António, o copo já cá canta”, diz o Galado com voz solta e desafiadora, enquanto no ar faz a apologia do vinho. Na taberna, para além de alguns músicos também estavam pessoas da terra e uma mulher a quem chamavam de Inácia.
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