“Já o disse várias vezes, pagam-nos para irmos à falência”, frisa. Mesmo assim, “não podemos recusar serviços às populações porque então não têm apoio”, lembrando que “os bombeiros vão muito além do combate a incêndios. Estamos cá 24 horas por dia”.
O transporte de doentes “é a nossa grande marca”, até porque “estamos longe dos hospitais”. Para tal, “fazemos das tripas coração”, afirma, lamentando que “o pagamento desses serviços demora a chegar”. Sobre este assunto, se em 2018 o atraso se situava entre os 30 e os 50 mil, passados cinco anos “é praticamente o dobro”, indica o presidente, criticando “o excesso de burocracia, que só serve para empatar. As guias de um serviço prestado hoje só vão ser faturadas daqui a dois ou três meses”. No caso dos combustíveis, “vai-nos valendo a compreensão dos fornecedores”, diz Edgar Gata.
“Não podemos recusar serviços às populações porque então não têm apoio”
Edgar Gata – Presidente
A corporação conta com 22 bombeiros no corpo ativo e uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP), sendo que a formação é uma das apostas da associação. Neste momento há 12 inscritos para um novo curso, cuja abertura “depende da Escola Nacional dos Bombeiros, que tem de vir cá para dar a formação”.
Já sobre a recente criação dos comandos sub-regionais, Edgar Gata acredita que “o verão vai ser o verdadeiro teste”.
Por fim, Edgar Gata aproveitou para lembrar a “ideia original” lançada por ocasião dos 95 anos da Associação, em dezembro, quando “decidimos rifar um palacete deixado aos bombeiros por uma benemérita, em Ligares. Cada rifa tem o preço de cinco euros e o vencedor fica com o palacete”. O objetivo é chegar a setembro com “50 mil euros em vendas”, sendo que “neste momento, temos cerca de 12 mil euros. Provavelmente, vamos ter de alargar o prazo”.
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