Em 20 dimensões de análise do Ranking Global de Competitividade, Portugal está na segunda metade da tabela em 12 delas. Os pontos mais fracos do país são a política fiscal (56.ª posição), as práticas de gestão (56.ª posição), a economia doméstica (52.ª posição) e as finanças públicas (50.ª posição). Portugal é o 7.º pior no ranking entre os países da União Europeia. Dinamarca, Suíça, Singapura, Suécia e Hong Kong, ocupam os primeiros lugares da edição de 2022 deste estudo, que incorpora 235 indicadores.
Para José Caballero, economista do IMD World Competitiveness Center, “o declínio global de Portugal no ranking deriva de tendências negativas nas medidas relacionadas com a economia nacional e o investimento internacional”.
O acima mencionado especialista, diz ainda que o país está a experimentar um declínio a nível da eficiência do governo e das empresas, para além de apresentar uma descida acentuada em medidas consideradas relevantes, como a classificação de crédito, o nível de burocracia e os indicadores de atração e retenção de talentos. “Do mesmo modo, na infraestrutura tecnológica, o país sofre uma queda abrupta. Há, no entanto, alguns ganhos no comércio internacional, educação e infraestruturas científicas”, ressalva o economista.
O relatório de 2022 identifica quatro desafios chave para a competitividade da economia portuguesa: garantir um nível de crescimento sustentável do PIB, superior à média da UE; implementar uma estratégia nacional de promoção da literacia financeira; promover reformas estruturais no setor público; e elaborar estratégias de combate aos problemas demográficos do país. Prioridades definidas, vamos agora arregaçar as mangas?