Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Barroso da Fonte
Barroso da Fonte
Escritor e Jornalista. Colunista n'A Voz de Trás-os-Montes

Quando todos ganham e todos perdem

As eleições do último domingo confirmaram a arte de imitar e de fingir. Quatro séculos antes de Cristo, já Platão, seguido por Aristóteles, falavam da Mimésis, que consistia na figura em que o orador imita o gesto ou a voz de outrem. Na sua obra República, acusa os poetas de serem prejudiciais à cidade e à causa pública porque a poesia é pura imitação. E a imitação apenas distrai.

A noite do dia 27 fez desfilar pelos ecrãs televisivos uma série de imitadores, de demagogos, de gabarolas, porque «todos ganharam». Melhor, todos menos um(a).

Tendo dado voz apenas aos cinco partidos representados no Parlamento (prova evidente de que a democracia não funciona), todos cantaram vitória. Mas, em boa verdade, só houve dois vencedores: José Sócrates e Paulo Portas. O primeiro porque, mesmo perdendo a maioria absoluta, venceu as eleições. O segundo porque há 26 anos que o seu partido nunca tivera tão bons resultados. Mais ainda: contrariando, uma vez mais, as sondagens que fustigaram a campanha eleitoral, conseguiu passar de quinta para terceira força nacional, elegendo 21 deputados. Este aumento correspondeu às ambições do líder

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