As vagas disponibilizadas pertencem a 60 entidades, entre as quais o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Autoridade Tributária e Aduaneira, entre outras.
No último POC, cerca de 260 vagas, foram preenchidas no âmbito do recrutamento centralizado de técnicos superiores para a Administração Pública, sendo que, neste momento, cerca de 700 candidatos almejaram o desejado contrato em funções públicas, permitindo suprir as necessidades de recrutamento nos quadros da Administração Pública, rejuvenescimento dos mapas de pessoal e do reforço da sua capacitação com a contratação de técnicos especializados em áreas consideradas estratégicas.
Contudo, e quando muito se fala em descentralização, ficamos a perceber, que no total das vagas disponibilizadas, 87 por cento, estão centralizadas na Grande Lisboa. Estando as restantes vagas repartidas pelo País, cabendo ao grande Porto cerca de 2,4 por cento das vagas e a Coimbra 1,67 por cento, o que, feitas as contas, por alto, às restantes instituições pouco sobra.
A análise que se faz (que eu posso fazer), é que as áreas consideradas estratégicas estão em Lisboa, e o resto do País, principalmente o interior está bem servido, mas será que estou a pensar bem assim?
Ou será que, por outro lado, as instituições fora de Lisboa não acreditam na possibilidade de reforço com as contratações especializadas patrocinadas pelo estado através do recrutamento centralizado, não disponibilizando, assim, vagas nas suas instituições para receber quem concorreu e ficou apurado no concurso? Concurso esse que começou em 2019, tendo terminado em 2021.
Não sendo adivinho, resta-me só acrescentar, e que me parece claro que é fundamental valorizar, rejuvenescer e qualificar os técnicos superiores na Administração Publica, aproveitando e dando como prioritário utilizar os recursos do PRR (Programa de Recuperação e Resiliência), exatamente porque estamos a falar da tal massa crítica, dessa tal capacidade de planeamento e de análise profunda que a Administração Pública tem de ter por si, para não estar sistematicamente a fazer recurso ao ‘outsourcing’.
Enfim, esperemos que o novo POC que se avizinha até final do ano, traga surpresas e evite que os futuros candidatos rapidamente cheguem à conclusão que terão de solicitar um crédito bancário para sobreviver ao custo de vida em Lisboa – Para memória futura.
Um Excelente Natal e Boas Entradas a Todos em 2022.