Carlos Gomes explica que já não recebem do Estado equipamento de proteção individual para incêndios desde 2013. “Se não fossem as associações, os bombeiros tinham de andar com calças e t-shirts rotas, e botas sem fundo”, sublinha.
Também a compra de viaturas é feita com apoios da câmara e da comunidade. “Sem os municípios, muitos corpos de bombeiros não se iam aguentar”.
Conseguiram a segunda Equipa de Intervenção Permanente em outubro passado, “um reforço importante”. “O serviço não é só incêndios florestais, há a emergência pré-hospitalar que tem de ser garantida”, considerando que “sem as EIP, nenhum corpo de bombeiros pode assegurar o serviço”. A mudança “foi muito importante”, por ter “sempre garantidos à saída cinco elementos”, o que lhe permite ter “noites mais bem dormidas”.
“O serviço não é só incêndios florestais, há a emergência pré-hospitalar que tem de ser garantida”
CARLOS GOMES – COMANDANTE
Fernando Queiroga é presidente da Associação Humanitária desde 2003 e descreve as muitas diferenças, desde aí, quer “a requalificação completa do quartel, a compra de 20 viaturas, ou a criação de uma unidade local de formação, para treino dos bombeiros” e recorda que “havia quatro funcionários e agora são 20”.
Este ano adquiriram um novo desencarcerador, e devem receber até dezembro uma ambulância de emergência. Vão ainda ser contemplados com uma viatura de combate a incêndios. “A corporação teve uma evolução muito grande mesmo”, afirma.
Além disso têm “as contas em dia, pagando no máximo a 30 dias”, apesar de a formação ter custado muito à Associação. “É uma coisa que não se compreende. É a Associação a pagar a formação quando há uma Escola Nacional de Bombeiros, que recebe dinheiro do Estado. O também vice-presidente da federação distrital de bombeiros diz que em Boticas se tem registado um aumento de sócios “coisa um pouco inédita”. É sinal, diz, que “veem que estamos a prestar um bom trabalho”.
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