Mais considerável é se o aniversariante for um jornal. São poucos (muito poucos) os que conseguem atingir tal bitola.
“A Voz de Trás-os-Montes” tem um passado glorioso e invejável. Pelas páginas deste jornal passaram praticamente todos os acontecimentos, todas as pessoas, todos momentos que fizeram mais de metade do século XX e uma significativa parte do século XXI na região transmontana e, em especial, na cidade de Vila Real. Mérito incansável de muitas vontades que tornaram possível esta longevidade.
Mas o passado foi (é) o que já passou. E o futuro?
Que nos podem oferecer e exigir os tempos que aí vêm?
São tempos marcados por muitas divergências, muita crispação, muitos incómodos em muitas partes do mundo. Que esperar, então, do futuro que, praticamente, também já começou?
É isso que vamos tentar compreender, discutir, descobrir, depois de amanhã, no Teatro de Vila Real. É muito importante saber qual é o futuro da imprensa e os desafios da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Não interessa muito divagar apenas sobre esses dois temas sem podermos contar com o contributo daqueles que são essenciais para que o processo de comunicação funcione: os transmontanos, os vila-realenses, os nossos leitores e colaboradores.
Ficamos, por isso, à espera de todos quantos possam permitir um aprofundamento mais útil dos temas que se levantam ao presente e ao futuro de jornais como o nosso.
Compreender bem o presente para compreender também o esforço, a dedicação, a valia dos que nos antecederam, nomeadamente Henrique Maria dos Santos e António Maria Cardoso, anteriores diretores cabouqueiros de “A Voz de Trás-os-Montes”.